5 vezes que foram escrotos com entregadores durante a pandemia

Além dos profissionais de saúde, os entregadores deixaram a sua marca na pandemia

Na noite do último domingo, 26, um médico foi armado à uma pizzaria em Brasília para reclamar da demora na entrega da comida. O único problema do pedido, feito por meio de aplicativo, é que ele deu o endereço errado.

O proprietário sugeriu que, como já estava lá, o cliente levasse a pizza para casa. O homem ficou irritado e exigiu que fosse entregue em sua residência.

Ele não recebeu a pizza por ter dado o endereço errado
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Ele não recebeu a pizza por ter dado o endereço errado

Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o momento em que o homem saca a arma da cintura e coloca em cima do balcão.

“Eu pedi calma e disse que não precisava tomar aquela atitude”, contou o dono do estabelecimento ao “Correio Braziliense”. “Foi uma situação absurdamente desproporcional. Se alguém errou ali, foi ele em não atualizar o endereço.”

Depois de pegar as pizzas, ele se desculpou e saiu. “A PM chegou na hora em que o médico saía de carro. Os militares o seguiram, mas o perderam de vista”, disse.

Esse foi só mais um caso no Brasil.

Desrespeito aos entregadores

Entregador foi vítima de racismo em Valinhos (SP)
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Entregador foi vítima de racismo em Valinhos (SP)

Além dos profissionais de saúde, os entregadores deixaram a sua marca durante a pandemia, colaborando para que muitas pessoas pudessem permanecer em casa.

Esse protagonismo veio acompanhado de cenas lamentáveis, humilhações e flagrantes de racismo. Abaixo, relembre alguns desses casos emblemáticos.

‘Pago R$ 140 mil de aluguel para motoboy sentar aqui?’

O sócio do restaurante Abbraccio no Distrito Federal discutiu com um entregador
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O sócio do restaurante Abbraccio no Distrito Federal discutiu com um entregador

O sócio do restaurante Abbraccio no Distrito Federal discutiu, em julho deste ano, com um entregador que estava carregando o celular em uma área usada como ponto de recarga e de espera dos pedidos.

“Ele começou a falar que não era pra usar a tomada e se exaltar. A gente se sente humilhado, né?”, comentou o entregador.

Entregador vítima de racismo em Valinhos

Em agosto de 2020, o motoboy Mateus Pires registrou boletim de ocorrência por ataques racistas do contabilista Mateus Abreu Almeida Prado Couto.

“O que ele faz é para se mostrar superior. Teve um momento em que ele cuspiu em mim, jogou a nota no chão e disse que eu era lixo”, disse. “Na frente da polícia, ele continuou com as agressões, me chamou de favelado.”

Reveja o caso:

‘Esse preto não vai entrar no prédio’

Em outubro de 2020, a hamburgueria Ham Burger, em Goiânia (GO), denunciou nas redes sociais, o caso de racismo em que uma cliente teria proibido a entrada do entregador por ele ser negro.

A mulher ainda teria mandado diversas mensagens racistas, por meio do aplicativo de entregas: “Eu não vou permitir esse macaco”.

Cliente teria proibido a entrada do entregador por ele ser negro.
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Cliente teria proibido a entrada do entregador por ele ser negro.

“Esse preto não vai entrar no meu condomínio. Mandar outro motoboy que seja branco”, escreveu a cliente.

Morador aplicava golpes em entregadores

Em fevereiro deste ano, um grupo de motoboys que trabalham com entregas para aplicativos de comida invadiu uma casa e depredou o carro de um morador de Bauru, no interior de São Paulo.

De acordo com o grupo, a motivação para a revolta se deu porque o cliente aplicava golpes para não pagar pelos pedidos que realizava.