Ministro da Educação divulga fake news em meio a crise no SISU
Weintraub se desculpou e admitiu ter errado
Em meio a crise no do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), Abraham Weintraub divulgou uma fake news (notícia falsa), em uma publicação, no seu perfil do Twitter, dizendo que o jornalista Reinaldo Azevedo havia sido demitido pela BandNews FM.
“Ora ora ora e tal e tal e tal. Perguntar não ofende: será que, após os gastos milionários do Estado de São Paulo (Doria/PSDB) com rádios privadas, esta pessoa terá dificuldade em se recolocar? Vejam, paulistas, como o dinheiro de seu IPVA é “bem” aproveitado”, escreveu o ministro na última segunda-feira 27.
Horas mais tarde, Weintraub se desculpou e admitiu ter divulgado uma fake news. “Peço desculpas, pois, aparentemente, é uma fake news difundindo uma demissão que não ocorreu. Sei bem o que é isso. Hoje em dia, não podemos confiar em certos veículos de desinformação…”, escreveu o ministro.
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No mesmo dia, a BandNews FM divulgou um comunicado na rede social desmentido o ministro da Educação. “A BandNews FM informa que o jornalista Reinado Azevedo, apresentador do programa O É da Coisa, não foi demitido. Ao contrário do que alguns veículos de comunicação noticiaram no final de semana, Reinaldo Azevedo segue contratado pela emissora”.
Crise no Sisu
Justiça Federal em São Paulo determinou o Sisu fosse suspenso após o término do período de inscrição, o que ocorreu as 23:59 do último domingo, 26, atendendo ao pedido de uma ação protocolada pela Defensoria Pública da União (DPU).
A liminar ainda determina que o governo comprove a correção de erros no resultado das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019.
A decisão acontece após o governo admitir um erro na correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 que segundo o ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, afetou “apenas” 5.974 estudantes. É por meio da nota obtida no Enem que o estudante pode acessar o Sisu e concorrer a uma vaga nas universidades públicas federais.
O ministro de Bolsonaro chegou a afirmar no sábado, 17, que seu governo realizou “o melhor Enem de todos os tempos”. Pouco depois da fala de Weintraub, os relatos de avaliações diferentes entre candidatos que tiveram o mesmo número de acertos, ou notas próximas a zero, mesmo com número alto de acertos, começaram a aparecer nas redes sociais.
A balbúrdia do governo foi confirmada no domingo, 18, quando o MEC admitiu um erro na correção das provas e disponibilizou um email para que os estudantes entrassem em contato, num prazo de 24 horas. 173 mil pessoas solicitaram nova correção da prova.
O Ministério Público Federal de Minas Gerais pediu que a Justiça Federal determine a alteração dos calendários 2020 do Sisu, do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (Prouni).
Nesta ação, o MPF pede que seja feita uma auditoria no resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. E requisita também que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) confira novamente os gabaritos de todos os estudantes que fizeram a última edição do ENEM para garantir a idoneidade da prova.
A ação judicial solicita também uma nova correção das provas e que após a publicação dos resultados atualizados, os estudantes sejam comunicados de um novo prazo para solicitação de verificação de erros.