Mortes no trânsito em SP voltam a crescer após três anos
Pela primeira vez, o número de óbitos de motociclistas em acidentes ultrapassou a quantidade de pedestres que morreram atropelados
O número de mortes no trânsito na cidade de São Paulo voltou a crescer após três anos em queda, de acordo com dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), divulgados nesta quinta-feira, 23. Em 2018, a capital paulista registrou 849 mortes, contra 797 em 2017, uma alta de 6,5%.
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O crescimento deixa a gestão Bruno Covas (PSDB) longe da meta para redução deste tipo de mortalidade, de 6 mortes a cada 100 mil habitantes. O índice atual é de 6,95. Segundo a prefeitura, houve uma “febre” de mortes no segundo semestre de 2018, mas ainda há tempo para atingir a meta até o fim da gestão, em 2020.
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Pela primeira vez desde 1979, a CET divulgou seu relatório anual qualificando as informações com os dados da Secretaria de Saúde. O cruzamento, realizado em parceria com a Iniciativa Bloomberg para a Segurança Global no Trânsito, permite aprimorar as políticas públicas de segurança na mobilidade, por meio do acesso a dados como o local do acidente em relação à casa da vítima e os custos hospitalares com a internação.
A análise conjunta das informações das secretarias municipais de Mobilidade e Transportes e de Saúde ainda identificou que, no caso de vítimas fatais, 50% dos pedestres, 37% dos ciclistas, 35% dos condutores e passageiros, além de 27% dos motociclistas morreram a menos de 2 quilômetros de suas casas.
O número de óbitos de motociclistas em acidentes de trânsito, pela primeira vez, também ultrapassou a quantidade de pedestres que morreram atropelados. Foram 366 vítimas fatais que estavam em motos, ante 349 pessoas a pé. Do total de 366 motociclistas mortos, 58 (16%) moravam fora da capital.
Em relação a pedestres, das 349 vítimas fatais, 78 (22%) tinham 60 anos ou mais. Já o total de mortes de ciclistas no trânsito caiu de 37 em 2017 para 19 no ano passado, uma redução de aproximadamente 50%.