Mulher é detida por racismo contra taxista: ‘Não ando com negros’

Mulher assumiu ser racista e foi autuada em flagrante diante de populares revoltados com a cena

Por: Redação

A bacharel em direito Natália Burza Gomes Dupin, de 36 anos, foi detida e deverá ser ouvida neste sábado pela polícia de Belo Horizonte. Ela foi autuada por injúria racial após recusar a corrida de um taxista, alegando não andar com negros.

Na delegacia, o taxista Luis Carlos Alves Fernandes, de 51 anos, disse que rebateu a mulher dizendo que sua postura tratava-se de um crime. Ela, no entanto, não parou com as ofensas e teria dito: “Eu não gosto de negro, sou racista, sou racista mesmo”.

Advogada foi autuada em flagrante após crime de racismo
Créditos: reprodução/YouTube
Advogada foi autuada em flagrante após crime de racismo

O caso aconteceu na última quinta-feira na capital mineira, quando Fernandes viu Natália parada no ponto de táxi com seu pai e perguntou se ela precisava de uma corrida. Foi então que as afirmações racistas começaram.

Além das ofensas, segundo o taxista, a mulher chegou a cuspir nele. Várias pessoas que passavam pelo local acompanharam o ocorrido e se revoltaram com a cena.

De acordo com o G1, Natália também foi autuada por desacato, desobediência e resistência contra os policiais militares. Nesse caso, não há possibilidade de fiança porque o somatório das penas é maior que o permitido.

Racismo: saiba como denunciar

Racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89 e deve sempre ser denunciado, mas muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.

Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.

A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.

No Brasil, há uma diferença quando o racismo é direcionado a uma pessoa e quando é contra um grupo. Saiba mais como denunciar e o que fazer em caso de racismo e preconceito.