Bolsonaro desiste de demitir Mandetta
O vice-presidente Hamilton Mourão falou à Andreia Sadi, do G1, que "Mandetta segue no combate"
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desistiu de demitir o ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta, nesta segunda-feira, 6. O jornal O Globo havia informado que a demissão aconteceria ainda nesta segunda-feira, 6, após reunião com os ministros, mas não foi o que aconteceu.
Ao blog da Andreia Sadi, do G1, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que após reunião com ministros, que serviu para discutir maneiras de flexibilizar o isolamento, “Mandetta segue no combate”.
Vale lembrar que esse é o modus operandi do presidente. Um(a) jornalista descobre por meio de investigação alguma nova atitude do Governo, publica no veículo de comunicação, horas depois é desmentido(a) por Bolsonaro e dias ou semanas depois, o presidente vai lá e faz exatamente o que o(a) jornalista disse que ele iria fazer.
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Foi exatamente o que aconteceu em 2019, quando a jornalista Eliane Cantanhêde noticiou, em primeira mão, que o então ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, seria desligado do Governo. Bolsonaro desistiu, desmentiu a jornalista publicamente, e menos de duas semanas depois, o presidente demitiu Vélez. É uma estratégia de Bolsonaro de tentar desmoralizar jornalista.
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Em meio à crise do novo coronavírus, Mandetta e Bolsonaro já tiveram desavenças algumas vezes, principalmente no que diz respeito ao isolamento social. Enquanto o ministro segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) em pedir para que todos fiquem em casa, o presidente apenas orienta a população sobre o isolamento de idosos e pessoas com comorbidades.
A informação sobre a suposta exoneração de Mandetta foi confirmada ao jornal O Globo por dois auxiliares do presidente da República.
O nome mais cotado para assumir a pasta, em caso de demissão futura de Mandetta, é o do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS). Ele almoçou com Bolsonaro e os quatro ministros que despacham do Palácio do Planalto nesta segunda, Walter Braga Netto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Segundo a revista Veja, Braga Netto e Eduardo Ramos teriam convencido Bolsonaro a não demitir Mandetta.