Senado aprova auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais

A medida durará, a princípio, três meses, mas poderá ser prorrogada

30/03/2020 19:14

O plenário do Senado aprovou no início da noite desta segunda-feira, 30, o projeto de lei que estabelece o pagamento de um auxílio emergencial no valor de R$ 600 a trabalhadores informais por três meses por conta da pandemia do novo coronavírus (covid-19). O texto segue agora para sanção do presidente Jair Bolsonaro.

A aprovação foi unânime, com 79 votos favoráveis e apoio dos senadores da oposição e do governo.

A medida durará, a princípio, três meses, mas poderá ser prorrogada        
                            
                    Psoríase: estudo revela novo possível fator causal da doença de pele
                
                            
                    Escovar os dentes ajuda a prevenir grave doença, revela Harvard
                
                            
                    América Central: 5 países para incluir na sua próxima viagem
                
                            
                    Férias com crianças a 40 minutos de São Paulo
A medida durará, a princípio, três meses, mas poderá ser prorrogada

- Jane de Araújo/Agência Senado

O benefício será destinado a cidadãos maiores de 18 anos sem emprego formal, mas na condição de trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI) ou contribuintes da Previdência Social. Também é necessário ter renda familiar mensal inferior a meio salário mínimo per capita ou três salários mínimos no total, além de não ser beneficiário de outros programas sociais ou do seguro-desemprego.

O valor poderá ser acumulado por até dois membros de uma mesma família, chegando a R$ 1.200. Depois da sanção, o início dos pagamentos dependerá de regulamentação do Executivo.



Proposta inicial

A proposta inicial do governo Bolsonaro era de R$ 200 para os trabalhadores de baixa renda. Após negociações com o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o Executivo aceitou aumentar para R$ 600.

Empresários que, segundo a legislação previdenciária, devem pagar pelos primeiros 15 dias do afastamento do trabalhador por motivo de saúde, poderão descontar o valor desse tempo de salário dos recolhimentos de contribuições devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) caso a doença seja causada pelo coronavírus.

Requisitos

Para ter acesso ao auxílio, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:

  • ser maior de 18 anos de idade;
  • não ter emprego formal;
  • não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família;
  • renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e
  •  não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.

A pessoa candidata deverá ainda cumprir uma dessas condições:

  • exercer atividade na condição de microempreendedor individual (MEI);
  • ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS);
  • ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou
  • ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.