STF quebra sigilo bancário de Carla Zambelli e outros 9 deputados
A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito sobre manifestações antidemocráticas
O Supremo Tribunal Federal (STF), com decisão do ministro Alexandre de Moraes, determinou, nesta terça-feira, 16, a quebra do sigilo bancário da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e de outros 9 deputados bolsonaristas investigados no inquérito sobre manifestações antidemocráticas que pediam fechamento do Supremo, do Congresso e intervenção militar.
Um inquérito aberto no STF pelo ministro Alexandre de Moraes a pedido da Procuradoria Geral da República investiga a organização dessas manifestações.
Moraes autorizou a quebra de sigilo bancários dos deputados junto com a permissão para que a Polícia Federal colocasse em prática a Operação Lume que cumpriu, também nesta terça, mandados de busca e apreensão contra 21 alvos ligados às manifestações antidemocráticas.
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Os parlamentares que tiveram seus sigilos bancários quebrados foram: Alê Silva, deputada (PSL-MG), Aline Sleutjes, deputada (PSL-PR), Arolde de Oliveira, senador (PSD-RJ), Bia Kicis, deputada (PSL-DF), Carla Zambelli, deputada (PSL-SP), Caroline de Toni, deputada (PSL-SC), Daniel Silveira, deputado (PSL-RJ), General Girão, deputado (PSL-RN), Guiga Peixoto, deputado (PSL-SP), Junio Amaral, deputado (PSL-MG), Otoni de Paula, deputado (PSC-RJ). Todos eles são aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Carla Zambelli afirmou que não há irregularidades em suas contas e que por isso não vê problemas em ter seu sigilo quebrado. “Eu ficaria muito contente se, após ter acesso, o ministro fizesse o favor de tornar público meus dados bancários porque isso será importante para minha campanha de reeleição”, provocou a bolsonarista.
A ação da PF cumpriu buscas contra empresários blogueiros bolsonaristas. Dentre eles: Otávio Fakhoury e o advogado Luís Felipe Belmonte, responsável pela organização e financiamento do novo partido de Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, que ainda não cumpriu as medidas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para legalização.
Vale destacar que a blogueira Sara Winter foi detida na última segunda-feira, 15, em uma das ações da Operação.