Letuce lança “Manja Perene” nas lojas e na rede
“A gente não tem química. Tem biologia, tem geografia, a gente tem história e religião”. Com esses versos, Letuce – a dupla formada por Letícia Novaes e seu marido Lucas Vasconcellos -, revelou em 2009, o amor que nutria um pelo outro e, de quebra, pela música.
Pertencem também ao primeiro álbum “Plano de fuga pra cima dos outros e de mim” outras poesias como “Eu tenho um desejo enorme de te horizontalizar” e ainda ousadias condizentes à sagacidade criativa da dupla: “O carnaval cai que dia? O peito cai, o pinto cai, a bolsa cai”.
Cadência e irreverência certamente são armas bastante explosivas num trabalho que eleva o lirismo ao primeiro patamar sonoro, enquanto deixa o instrumental desenhar caminhos possíveis para um som de alta “Potência”.
“Manja Perene”
Diretamente da cena musical alternativa carioca, as letras autobiográficas da dupla continuam conduzidas pela originalidade autoral no recente “Manja Perene”, disco que mal foi estreado e já levou a indicação entre os melhores CDs do mês pela Bravo!.
Dessa vez, as ousadias aparecem como anseios e, assim, falam de seios e sexo como na divertida faixa “Sutiã” que poetiza os seguintes versos: “E assim eu sinto um susto de um sutiã se abrindo sozinho” ou em “Anatomia Sexual” que diz “Eu mamei em todas as tetas, eu não pareço ninguém”.
E não é só isso. Letuce segue agora, também, a linha do rock que misturada com suaves inserções eletrônicas resulta nisso: “Fio solto na calcinha, puxo tudo e fico frouxa”.
Todas as novas e velhas de Letuce você pode baixar aqui. Resta agora investigar se mais que divertidas, as canções do recém-nascido “Manja Perene” não pretendem, muito mais que rir, nos fazer enxergar – e quem sabe até chorar.
“Todo mundo é feito de uma alma osso e carne” (Areia Fina – Letuce) – Confira abaixo: