Carla Vilhena detona internauta que a chamou de velha e pelancuda

Apresentadora da CNN recebeu apoio após expor ofensas recebidas em seu Twitter

A jornalista Carla Vilhena reagiu ao ser chamada por um internauta de “baranga velha” e “pelancuda”. Em sua conta do Twitter, ela expôs o comentário sem revelar a identidade da pessoa. “Carla Vilhena depois que virou uma baranga velha resolveu ser lacradora. Pelancuda ridícula”, atacou o internauta.

A apresentadora da CNN, então, retrucou: “Deveria haver filtro pra discurso machista, igual tem filtro pra pelanca.”

Depois de publicar o  conteúdo em sua rede social, a jornalista recebeu apoio de vários seguidores, colegas de profissão e personalidades. entre eles, Lobão que escreveu: “Meu Deus do céu, as pessoas perderam completamente a noção desse mundo! Que absurdo.”

A ex-deputada federal Manuela d’ávila também demonstrou apoio à jornalista. “Eles ficam tão pequenininhos diante de uma mulher potente e linda, como você”, escreveu.

Uma internauta se identificou com a situação e disse enfrentar comentários machistas parecidos. “Rindo de nervosa. Também trabalho com 5 homens… São iguaizinhos. Se eu estivesse trabalhando presencial teria q aturar isso. As piadinhas misóginas. Não tem respeito. Adivinha em quem votaram?”, comentou.

Com poucas palavras, Carla Vilhena detonou internauta que a chamou de velha e o colocou em seu lugar
Créditos: reprodução/Instagram/Carlavilhenaa
Com poucas palavras, Carla Vilhena detonou internauta que a chamou de velha e o colocou em seu lugar

Machismo x misoginia x sexismo

O machismo é uma forma de sexismo, uma vez que é a atitude de descriminação baseada no sexo ou gênero de uma pessoa. Já a diferença entre machismo e misoginia é mais sutil.

A misoginia é um sentimento de ódio e aversão à mulher, e se distingue do machismo por envolver um forte conteúdo emocional à base de repulsa. Dele nascem ataques, como o assédio (moral, verbal e sexual), a violência sexual e doméstica e o feminicídio.

É importante lutar contra o machismo porque…

Das 500 maiores empresas do mundo, menos de 5% possuem CEO’s mulheres;
As mulheres realizam 6 vezes mais os afazeres domésticos do que os homens;
62% dos homens acreditam que é dever deles sustentar a família;
51% das mulheres concordam com os homens acima;
1 em cada 3 mulheres sofre algum tipo de violência doméstica ao longo de sua vida;
A cada 2 segundos, uma garota menor de idade é forçada a se casar;
1/3 dos países não entende violência doméstica como crime;
Mais de 200 milhões de garotas e mulheres foram obrigadas a passar por mutilação genital;
87 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em 2017 no mundo;
58% delas foram assassinadas por conhecidos ou familiares;
Acontece 6 feminicídios por hora em todo o planeta;
No Brasil, 1200 mulheres foram vítimas de feminicídio em 2018;
Isso é 4% a mais do que em 2017.

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