Sérgio Reis ao ‘Domingo Espetacular’: ‘sou democrático, sou do amor’

Cantor sertanejo fez ameaças ao STF em vídeo que viralizou; ele afirma que não teve apoio da classe artística, e que apenas um músico o mandou mensagem

Na noite deste domingo, 22, a Record TV exibiu uma entrevista exclusiva concedida pelo cantor Sérgio Reis, de 81 anos, ao jornalista Roberto Cabrini, em que o sertanejo comentou a repercussão negativa a respeito de um áudio e um vídeo seu que viralizaram nas redes sociais. Neles, Sérgio Reis convoca uma greve nacional de caminhoneiros para protestar contra os 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em entrevista ao “Domingo Espetacular”, Sérgio Reis diz que é “democrático, do bem e do amor”
Créditos: reprodução/Record TV
Em entrevista ao “Domingo Espetacular”, Sérgio Reis diz que é “democrático, do bem e do amor”

O ato foi visto como antidemocrático por políticos e por grande parte da sociedade civil. Sérgio Reis afirmou ter ficado triste e com a saúde abalada devido ao episódio, e pediu desculpas:

“Eu errei, cara, quem que não erra, quem não faz uma bobagem um dia? Não me arrependo de nada, só essa frase infeliz que brinquei com um amigo e vazou, mas não é a realidade. […] Quero me redimir com esse povo, desculpa. Até o Supremo [Tribunal Federal], se tiver algum pedido para me prender, aceito com respeito. Não saí daqui, não me escondi. Se 6h da manhã vier a Polícia Federal aqui em casa, eu me entrego. […] Eu sou democrático, sou do bem, sou do amor.”, disse.

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O cantor chamou o amigo que vazou o áudio e o vídeo de “amigo da onça”, a firma estar arrependido do que fez. “Hoje em dia ninguém mais está sigiloso. Foi desequilíbrio, mesmo. Já me chamaram de velho gagá. Com 81 anos a gente fica meio gagá. […] Posso até não ser, mas falei uma bobagem como um velho gagá. […] Estou triste porque estão me julgando de uma forma que eu não sou”, afirmou.

Mesmo assim, Sérgio Reis reforçou que apoia uma greve dos caminhoneiros, mas defendeu uma paralisação pacífica: “Errei e agora não vai ter isso. Vai ser uma passeata amigável, quieta. Tem que parar o país? Para, mas não quebra nada, não faz nada com ninguém”. Ele também pediu por mudanças no Senado e no STF.

“Eles [Supremo Tribunal Federal] tomam as atitudes que acham que estão certas, se acham os donos do país, fazem coisas que desagradam a gente. Isso incomoda. São soberanos, mas até aonde vai eu não sei. […] O Senado tem que acordar, desculpe. Pergunta para o povo que vai lá se eles concordam com eles. Eu não concordo. Se você concorda, problema seu, é seu direito, é democracia. A frase está errada, eu reconheço. Só não quero eles lá, alguém tem que tirar”, disse.

Na entrevista, o sertanejo também lamentou a falta de apoio da classe artística. “Só o Roger do Ultrage a Rigor me mandou uma mensagem dizendo que está do meu lado. Foi o único artista”, desabafou ele, que depois recebeu também uma mensagem do cantor Renato Teixeira durante a gravação da entrevista.