Dormir demais eleva risco de desenvolver problemas de saúde
Que dormir pouco pode afetar nossa memória, dificultar o emagrecimento, enfraquecer a imunidade, entre outras coisas, muita gente já ouviu falar.
Mas saiba que dormir mais do que o necessário também é prejudicial à saúde, conforme alerta de cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Instituto do Sono na última edição do World Congress on Brain, Behavior and Emotions (Congresso Mundial sobre Cérebro, Comportamento e Emoções, em português), realizado em Porto Alegre entre os dias 14 e 17 deste mês.
Os cientistas apontaram evidências de diversas pesquisas nacionais e internacionais que apresentam os riscos de dormir pouco e muito.
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Em estudo da Universidade de Nevada, EUA, foi publicado no periódico Sleep Medicine neste ano, por exemplo, os autores concluíram que dormir de duas a quatro horas por noite aumenta em duas vezes o risco de sofrer enfarte ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). Mas para quem dorme mais de dez horas, esse risco é sete vezes maior.
Lenise Jihe Kim, pesquisadora da Unifesp que palestrou no congresso, afirma que que essa diferença está associada às condições do sono. Segundo ela a média de horas de sono adequada é entre sete e oito horas por noite.
“Basicamente, os grandes dormidores teriam maiores despertares durante a noite, ou seja, um sono mais fragmentado. E a cada despertar a gente eleva a pressão arterial e a frequência cardíaca. Isso, cronicamente, leva à hipertensão e à inflamação, alterações cardiometabólicas que favorecem um AVC ou um enfarte”, disse Kim durante o evento acompanhado por reportagem do R7.