6 sintomas clássicos do burnout; saiba reconhecer
Os sintomas aparecem lentamente e muitas vezes podem ser confundidos com cansaço normal ou uma forma leve de depressão
Burnout ou, mais precisamente, síndrome de burnout é um estado de completa exaustão mental, física e emocional.
De acordo com o Ministério da Saúde, a principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. É mais comum entre profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.
Reconhecer os sintomas clássicos do burnout é fundamental para saber quando buscar ajuda.
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Geralmente, esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro.
Sinais de burnout
Pouca ou nenhuma motivação
Entre os diversos sintomas que caracterizam o burnout, a falta de motivação é um dos sinais mais reveladores e comuns.
Pessoas que estão experimentando a condição frequentemente perdem o entusiasmo pelo trabalho. Aquilo que antes era uma fonte de satisfação e realização pessoal passa a ser visto como uma obrigação tediosa.
O indivíduo não apenas perde o interesse pelo trabalho, mas também por outras atividades que anteriormente lhe traziam prazer.
Insônia
A insônia é outro sintoma bastante comum do burnout.
Isso acontece porque geralmente pessoas com essa condição enfrentam constantemente pensamentos incessantes sobre o trabalho, problemas e responsabilidades, que dificultam o relaxamento e o adormecer.
Outro fator que contribui para o problema é a ansiedade, que frequentemente interfere com a capacidade de adormecer e permanecer dormindo.
Sobrecarga emocional
A sobrecarga emocional é um dos mais importantes e visíveis sinais de burnout.
As pessoas sentem que não têm mais recursos emocionais para lidar com o trabalho ou outras demandas da vida.
Assim, frequentemente, encontram dificuldade em controlar suas emoções, resultando em crises de choro, irritabilidade e sentimentos de desesperança.
Exacerbação da ansiedade
Quem sofre de ansiedade pode ver os níveis da condição se elevarem ainda mais. Caracterizada por uma preocupação constante e excessiva com as responsabilidades, a ansiedade pode manifestar-se fisicamente através de palpitações, tensão muscular, dores de cabeça e problemas digestivos.
A ansiedade crônica interfere na capacidade de se concentrar e de tomar decisões. Isso pode levar a um desempenho reduzido no trabalho.
A capacidade de lembrar informações e realizar tarefas de forma eficiente também fica comprometida.
Exaustão completa
A exaustão completa se caracteriza por uma sensação de fadiga constante que não melhora com o descanso. Dessa forma, o indivíduo se sente perpetuamente cansado, mesmo após uma boa noite de sono.
Assim, com pouca energia, realizar qualquer atividade, mesmo que antes era simples, torna-se árdua e desafiadora.
Irritabilidade
Indivíduos com burnout tendem a ter uma baixa tolerância a frustrações. Pequenos inconvenientes ou desafios podem desencadear reações exageradas e desproporcionais.
A irritabilidade pode se manifestar como explosões de raiva ou impaciência, mesmo diante de situações que normalmente seriam gerenciáveis.
Como é o diagnóstico de burnout?
O diagnóstico envolve a avaliação de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, além de um exame detalhado das condições de trabalho e estresse.
É fundamental que seja realizado por um profissional de saúde, como um médico ou psicólogo, para garantir um tratamento adequado.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento, desde o diagnóstico até o tratamento medicamentoso.
Os Centros de Atenção Psicossocial, um dos serviços que compõe a RAPS, são os locais mais indicados.
Como é o tratamento de burnout?
O tratamento da síndrome de burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos).
O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso.
Os médicos aconselham mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida.
A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença.
Também é importante estabelecer uma rotina regular de sono, bem com praticar como meditação e respiração profunda, antes de dormir para melhorar a qualidade do sono.