6 sintomas clássicos do burnout; saiba reconhecer

Os sintomas aparecem lentamente e muitas vezes podem ser confundidos com cansaço normal ou uma forma leve de depressão

Burnout ou, mais precisamente, síndrome de burnout é um estado de completa exaustão mental, física e emocional.

De acordo com o Ministério da Saúde, a principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. É mais comum entre profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros.

Reconhecer os sintomas clássicos do burnout é fundamental para saber quando buscar ajuda. 

Geralmente, esses sintomas surgem de forma leve, mas tendem a piorar com o passar dos dias. Por essa razão, muitas pessoas acham que pode ser algo passageiro. 

Sinais de burnout

Pouca ou nenhuma motivação

Entre os diversos sintomas que caracterizam o burnout, a falta de motivação é um dos sinais mais reveladores e comuns.

Pessoas que estão experimentando a condição frequentemente perdem o entusiasmo pelo trabalho. Aquilo que antes era uma fonte de satisfação e realização pessoal passa a ser visto como uma obrigação tediosa.

O indivíduo não apenas perde o interesse pelo trabalho, mas também por outras atividades que anteriormente lhe traziam prazer.

Falta de motivação é um dos sinais clássicos de burnout
Créditos: m.jilapong/DepositPhotos
Falta de motivação é um dos sinais clássicos de burnout

Insônia

A insônia é outro sintoma bastante comum do burnout.

Isso acontece porque geralmente pessoas com essa condição enfrentam constantemente pensamentos incessantes sobre o trabalho, problemas e responsabilidades, que dificultam o relaxamento e o adormecer.

Outro fator que contribui para o problema é a ansiedade, que frequentemente interfere com a capacidade de adormecer e permanecer dormindo.

Sobrecarga emocional

A sobrecarga emocional é um dos mais importantes e visíveis sinais de burnout.

As pessoas sentem que não têm mais recursos emocionais para lidar com o trabalho ou outras demandas da vida.

Assim, frequentemente, encontram dificuldade em controlar suas emoções, resultando em crises de choro, irritabilidade e sentimentos de desesperança.

Exacerbação da ansiedade

Quem sofre de ansiedade pode ver os níveis da condição se elevarem ainda mais. Caracterizada por uma preocupação constante e excessiva com as responsabilidades, a ansiedade pode manifestar-se fisicamente através de palpitações, tensão muscular, dores de cabeça e problemas digestivos.

A ansiedade crônica interfere na capacidade de se concentrar e de tomar decisões. Isso pode levar a um desempenho reduzido no trabalho.

A capacidade de lembrar informações e realizar tarefas de forma eficiente também fica comprometida.

Tratamento com psicoterapia, medicamentos e mudanças na rotina podem ajudar a amenizar os sintomas de burnout
Créditos: Fokussiert/DepositPhotos
Tratamento com psicoterapia, medicamentos e mudanças na rotina podem ajudar a amenizar os sintomas de burnout

Exaustão completa

A exaustão completa se caracteriza por uma sensação de fadiga constante que não melhora com o descanso. Dessa forma, o indivíduo se sente perpetuamente cansado, mesmo após uma boa noite de sono.

Assim, com pouca energia, realizar qualquer atividade, mesmo que antes era simples, torna-se árdua e desafiadora.

Irritabilidade

Indivíduos com burnout tendem a ter uma baixa tolerância a frustrações. Pequenos inconvenientes ou desafios podem desencadear reações exageradas e desproporcionais.

A irritabilidade pode se manifestar como explosões de raiva ou impaciência, mesmo diante de situações que normalmente seriam gerenciáveis.

Como é o diagnóstico de burnout?

O diagnóstico envolve a avaliação de sintomas físicos, emocionais e comportamentais, além de um exame detalhado das condições de trabalho e estresse.

É fundamental que seja realizado por um profissional de saúde, como um médico ou psicólogo, para garantir um tratamento adequado. 

No Sistema Único de Saúde (SUS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) está apta a oferecer, de forma integral e gratuita, todo tratamento, desde o diagnóstico até o tratamento medicamentoso.  

Os Centros de Atenção Psicossocial, um dos serviços que compõe a RAPS, são os locais mais indicados.

Como é o tratamento de burnout?

O tratamento da síndrome de burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos).

O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso.

Os médicos aconselham mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida.

A atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença.

Também é importante estabelecer uma rotina regular de sono, bem com praticar como meditação e respiração profunda, antes de dormir para melhorar a qualidade do sono.