86 milhões de brasileiros fazem parte do grupo de risco do coronavírus
Pesquisa da Unifesp aponta ainda que entre adultos com o primário incompleto, 80% tinham algum fator de risco
Mais da metade da população brasileira, 86 milhões de pessoas, estão no grupo de risco do novo coronavírus (covid-19). Essa é a conclusão de um estudo desenvolvido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
De acordo com o estudo, liderado pelo epidemiologista e professor da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp) Leandro Rezende, entre a população brasileira abaixo de 65 anos, 47% das pessoas dentro dessa faixa etária possuem algum fator de risco. E esse número sobe para 75,9% para idosos acima de 65 anos.
Foram considerados fatores de risco para o desenvolvimento da forma grave da covid 19 ter algumas destas condições: mais de 65 anos, ser obeso, ter asma moderada, fumar ou ter doenças crônicas cardiovasculares, pulmonares ou renais, diabetes, hipertensão, além de câncer diagnosticado há menos de cinco anos.
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As maiores proporções de adultos no grupo de risco foram encontradas no Rio Grande do Sul (39,5% – 58,4%), Rio de Janeiro (36,0% – 55,8%) e São Paulo (35,6% – 58,2%). Estados com menor proporção foram Amapá (23,4% – 45,9%), Roraima (25% – 48,6%) e Amazonas (25,1% – 48,7%).
Considerando o tamanho da população, o maior número de adultos suscetíveis a complicações foi observado em São Paulo (12 a 17 milhões), Minas Gerais (6 a 9 milhões) e Rio de Janeiro (5 a 7 milhões).
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Para Leandro Rezende, o estudo mostra que o isolamento social é a melhor forma de prevenir as mortes pelo coronavírus.
Escolaridade e classe social
Outro dado importante que a pesquisa aponta é que entre adultos com o primário incompleto, 80% tinham algum fator de risco, ao passo que entre adultos com nível superior completo, 46% tinham algum fator de risco.
Segundo Leandro, as populações de menor nível socieconômico se encontram em maior risco pelas condições precárias de habitação e acesso difícil a serviços públicos e por isso muitas de suas doenças pré-existentes não são diagnosticadas devidamente.
A pesquisa da Unifesp foi feita com dados
https://www.youtube.com/watch?v=E57kI7n7_sIcoletados de 51.770 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo IBGE.