A explicação para sua depressão pode estar em seu intestino

Estudo identificou 13 tipos específicos de bactérias intestinais associadas à depressão

Muitos cientistas se aprofundando na conexão entre intestino e cérebro na tentativa de tentar conectar os pontos. E o que estudos sugerem é que as bactérias intestinais são potenciais culpadas da depressão em algumas pessoas.

A descoberta mais recente relacionada a esse assunto foi publicada em 6 de dezembro na revista Nature Communications. Por meio do estudo observacional, os pesquisadores conseguiram identificar 13 tipos específicos de bactérias intestinais associadas à doença de ordem mental.

A explicação para sua depressão pode estar em seu intestino
Créditos: Marcin Klapczynski/istock
A explicação para sua depressão pode estar em seu intestino

Segundo os autores do estudo, bactérias dos gêneros Eggerthella; Subdoligranulum; Coprococcus; Sellimonas; Lachnoclostridium; Hungatella; Ruminococcaceae; Lachnospiraceae UCG-001; a Eubacterium ventriosum e os do grupo Ruminococcusgauvreauii estão intimamente relacionados aos táxons microbianos que influenciam na depressão.

Para este estudo, cientistas da Oxford Population Health e da Holanda investigaram dados sobre o microbioma fecal de 3.211 pessoas de etnias distintas.

Qual a explicação para ligação entre intestino e depressão?

Os cientistas acreditam que essas bactérias podem afetar os níveis de certos neurotransmissores que comprovadamente estão relacionados à depressão, como o glutamato, butirato, serotonina e ácido gama-aminobutírico (GABA).

Os autores do estudo esperam que os médicos possam usar esses resultados para facilitar o diagnóstico e o tratamento da depressão.

13 tipos específicos de bactérias intestinais associadas à depressão
Créditos: klebercordeiro/istock
13 tipos específicos de bactérias intestinais associadas à depressão

A ideia é que eles possam procurar por essas bactérias intestinais específicas e notar outros sinais de depressão, para propor um plano de tratamento, que possa incluir certos probióticos e ajustes na dieta para potencialmente ajudar na recuperação.