2 alimentos poderosos para incluir na dieta e prevenir demência

A busca por uma alimentação saudável e balanceada é fundamental não apenas para manter a forma, mas também como uma estratégia potente de prevenção contra diversas doenças.

Recentemente, estudos têm apontado vegetais de folhas verdes escuras e grãos integrais como verdadeiros aliados na luta contra condições sérias, incluindo demência. 

A demência é uma condição neurodegenerativa que afeta a memória, o pensamento e o comportamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com demência, e esse número está projetado para triplicar até 2050, destacando a importância crescente de medidas preventivas.

• Já ouviu falar de transplante de sobrancelha? Veja curiosidades sobre o procedimento
• Como reconhecer a deficiência de vitamina K e seus efeitos no corpo?
• Atletas de final de semana: 5 principais fatores que podem levar à artrose do joelho
• Carnes processadas elevam risco de hipertensão, mostra estudo brasileiro

Como diminuir o risco de demência?

• Vegetais de folhas verdes

De acordo com pesquisadores da Universidade de Rush, em Chicago, a inclusão diária de uma porção de vegetais na dieta, como o espinafre e a alface, pode desempenhar um papel crucial na redução do declínio cognitivo relacionado à idade.

O grupo de alimentos é rico em nutrientes essenciais, como vitamina K, luteína e folato, além de conter flavonoides vegetais associados a uma melhor função cognitiva.

Outro estudo, dessa vez da Universidade Edith Cowan, na Austrália, envolvendo quase três mil voluntários, destacou que uma porção diária destes vegetais pode significativamente diminuir o risco de pressão arterial alta e doenças cardiovasculares.

O argumento fica ainda mais forte quando consideramos que esses vegetais contêm nitratos, que são convertidos em nitritos pelo nosso corpo, promovendo a dilatação dos vasos sanguíneos, o que melhora o fluxo sanguíneo.

• Grãos integrais

O consumo diário de grãos integrais, como quinoa e cereais, acabou sendo associado à redução do declínio cognitivo, de acordo com um estudo de seis anos da Universidade Rush, em Chicago, envolvendo cerca de 3.300 participantes.

Os resultados mostraram que aqueles que consumiam 90 gramas ou mais de grãos integrais diariamente apresentavam menor declínio cognitivo em comparação com aqueles que não tinham esse hábito alimentar.

Os grãos integrais ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue, reduzindo assim os fatores de risco para demência, como placas nas artérias e inflamação.

Embora o benefício tenha sido observado principalmente em participantes negros, os pesquisadores ressaltam que isso não exclui potenciais benefícios para outros grupos étnicos, sugerindo que as diferenças podem estar relacionadas aos hábitos alimentares distintos de cada grupo.

Como incorporar esses alimentos na sua dieta?

• Comece o dia com um smoothie verde, adicionando espinafre ou couve com frutas de sua preferência;
• Utilize quinoa em saladas, sopas ou como acompanhamento de pratos principais;
• Faça uma salada deliciosa e bem temperada com os vegetais de folhas verdes que você gosta;
• Escolha cereais integrais ricos em fibras para o café da manhã;
• Faça pipoca em casa sem manteiga ou aditivos, utilizando milho para pipoca em uma panela com um pouco de óleo;
• Opte por barras de cereais integrais como lanches rápidos e convenientes;
• Comece o dia com mingau de aveia ou adicione aveia aos smoothies.

A inclusão desses alimentos na dieta não só contribui para um estilo de vida mais saudável como também oferece uma proteção extra contra o desenvolvimento de doenças graves.

Como sempre, a chave é a diversidade e o equilíbrio alimentar. Ao fazer pequenas mudanças nos hábitos diários, podemos aproveitar os benefícios substanciais que esses alimentos trazem para nossa saúde.

Vale consultar um nutricionista para uma orientação alimentar adequada às suas necessidades individuais.

Mas afinal, quais são os primeiros sinais de demência?

• Falhas na memória: esquecer eventos recentes, datas importantes ou informações previamente aprendidas.
• Dificuldade em encontrar palavras: dificuldade em lembrar palavras simples durante uma conversa.
• Desorientação: confusão em relação ao tempo, lugar ou pessoas.
• Dificuldade em realizar tarefas: dificuldade em completar tarefas cotidianas, como cozinhar uma refeição ou pagar contas.
• Mudanças no humor: alterações de humor frequentes, irritabilidade ou comportamento incomum.
• Perda de interesse em atividades: perda de interesse em hobbies ou atividades sociais que costumava gostar.
• Problemas com planejamento e organização: dificuldade em planejar eventos futuros ou seguir instruções complexas.

Esses sintomas podem ser leves no início e podem ser facilmente atribuídos ao envelhecimento ou ao estresse.

No entanto, se você ou alguém próximo está enfrentando esses sintomas, vale procurar orientação médica para um diagnóstico adequado.