Anvisa recolhe lotes de substância ligada a morte de cães
Medida visa evitar que o ingrediente contaminado vá parar em fábricas de alimentos de uso humano
A Anvisa publicou na segunda-feira, 12, uma resolução que determina o recolhimento de dois lotes da substância propilenoglicol, da marca Tecno Clean Industrial Ltda, associada à contaminação de petiscos para cães. A medida também proíbe a comercialização, distribuição, manipulação e uso do ingrediente.
Os lotes foram analisados preliminarmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que detectou a contaminação por etilenoglicol, substância extremamente tóxica, que pode ter sido responsável pela morte de ao menos 40 animais.
Durante investigação, o Mapa identificou a possibilidade de distribuição do ingrediente contaminado para fábricas de alimentos de uso humano e compartilhou as informações para que a Anvisa pudesse adotar ações relacionadas aos produtos sujeitos a vigilância sanitária.
“Considerando que o propilenoglicol é um aditivo alimentar permitido para alimentos de consumo humano, a Anvisa decidiu publicar uma medida preventiva, proibindo a utilização e determinando o recolhimento dos dois lotes do produto contaminado com etilenoglicol, para evitar que os produtos sejam utilizados na fabricação de alimentos”, disse a Anvisa em nota.
O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática, podendo inclusive levar à morte, quando ingerido.
O que fazer se você tiver adquirido o produto
A Anvisa alerta que empresas que tenham adquirido os lotes de propilenoglicol da Tecno Clean (lotes AD5035C22 e AD4055C21) não devem utilizá-los, em nenhuma hipótese. Nesse caso, a orientação é que entre em contato com a própria Tecno Clean, para a devolução dos produtos.