Bebê nasce com DIU enrolado no cabelo
O DIU é um dos nove tipos de contraceptivos oferecidos gratuitamente pelo SUS e sua taxa de falha é de 0,2%
Aconteceu de novo: uma mulher engravidou mesmo usando DIU, um dispositivo de controle contraceptivo. Dessa vez, o aparelho saiu do útero da mãe enrolado no cabelo do bebê. O registro foi publicado no perfil do Facebook da mulher, que mora no estado americano do Alabama.
A legenda da foto postada por Cadesia Foster diz o seguinte: “Olhe para isto. Maldito DIU na cabeça do bebê como um grampo. ‘Use para controle de natalidade eles disseram.'”
O DIU é um dos nove tipos de contraceptivos oferecidos gratuitamente pelo SUS e o menos utilizado no Brasil: apenas 1,9% das mulheres brasileiras em idade fértil e que usam algum tipo de contracepção utilizam o dispositivo intrauterino, de acordo com dados do Ministério da Saúde com base na Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher do IBGE para a última década.
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Como funciona?
O Dispositivo Intrauterino do tipo hormonal libera hormônio dentro do útero em quantidades muito pequenas, mas suficientes para impedir a gravidez. Ele evita que a mulher ovule, em mais ou menos 50% dos ciclos.
Já o DIU não hormonal, como o de cobre, atua liberando íons que imobilizam o esperma e dificultam sua chegada em torno do útero.
Eficácia do DIU
De acordo com a pediatra Patricia Rezende, do Grupo Prontobaby, nenhum método anticoncepcional é 100% eficiente. “O [Diu] Mirena (com hormônio) é um dos métodos mais eficazes. Até mesmo a vasectomia e a laqueadura também apresentam índice de falhas, embora mínimos”, afirma a médica.
A taxa de falha do DIU é de 0,2% em um ano, ou seja, duas de cada 1000 mulheres que usam o dispositivo podem engravidar por ano. No caso de a mulher que faz uso do DIU engravidar, o mais correto é retirar o dispositivo assim que a gravidez for descoberta. “Existe o risco de abortamento com a retirada, porém se o DIU permanecer o risco é maior porque pode atrapalhar o desfecho da gestação podendo ocorrer desde problemas no desenvolvimento do feto até parto prematuro”, esclarece.
Os métodos mais seguros existentes no SUS, segundo Patrícia, são a vasectomia e a laqueadura. “Depois disso temos o DIU e os anticoncepcionais trimestrais injetáveis”, acrescenta.