Câncer colorretal: os fatores de risco que muitos desconhecem
A minoria dos casos desse tipo de câncer tem origem hereditária
O câncer colorretal é um dos tipos de tumor mais comuns no mundo, mas ainda enfrenta uma grande barreira: a falta de informação. Um estudo realizado pela Bayer em parceria com a consultoria IQVIA revelou que apenas 17% da população conhece os principais fatores de risco para a doença. Esse desconhecimento pode atrasar o diagnóstico e dificultar a prevenção, aumentando os riscos para os pacientes.
Principais fatores de risco para o câncer colorretal
O câncer colorretal se desenvolve a partir de células anormais no intestino grosso, muitas vezes originadas de pólipos benignos. Com o tempo, esses pólipos podem se transformar em tumores malignos, tornando essencial o rastreamento regular.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), apenas 20% dos pacientes diagnosticados com câncer colorretal têm uma predisposição genética à doença. As interações ambientais e estilo de vida têm uma influência importante.
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Entre os principais fatores de risco estão:
- Idade avançada: o risco aumenta significativamente após os 50 anos.
- Histórico familiar: embora o fator genético seja importante, a maioria dos casos está associada a fatores ambientais e estilo de vida.
- Alimentação inadequada: o consumo excessivo de carne vermelha, embutidos e alimentos ultraprocessados está relacionado a um maior risco de desenvolvimento da doença.
- Excesso de peso e sedentarismo: a obesidade e a falta de atividade física podem contribuir para alterações inflamatórias no organismo, favorecendo o aparecimento do tumor.
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool: há uma relação direta entre o uso dessas substâncias e o aumento da incidência do câncer colorretal.

A pesquisa também revelou um dado preocupante: 73% dos entrevistados buscam informações sobre o câncer colorretal na internet em vez de consultar um médico. Isso pode levar a diagnósticos errados e atrasar o tratamento adequado.
Outro ponto relevante é que 52% das pessoas acreditam que o histórico familiar é o principal fator de risco, ignorando a influência do estilo de vida. A desinformação compromete as chances de prevenção e a adoção de hábitos saudáveis que poderiam reduzir os riscos da doença.
Sintomas do câncer colorretal
Nos estágios iniciais, o câncer colorretal pode ser assintomático. No entanto, com a progressão da doença, alguns sinais podem surgir, como:
- Sensação de estufamento abdominal (54% dos pacientes relataram esse sintoma antes do diagnóstico);
- Diarreia frequente (51%);
- Prisão de ventre persistente (45%);
- Sensação de evacuação incompleta (28%);
- Presença de sangue nas fezes, um dos sinais mais alarmantes, que deve ser investigado imediatamente.
Diagnóstico e importância do rastreamento
O exame de colonoscopia é considerado o padrão-ouro para o rastreamento do câncer colorretal. Esse procedimento permite a detecção precoce de pólipos, que podem ser removidos antes de se tornarem cancerosos. Outros exames complementares incluem:
- Pesquisa de sangue oculto nas fezes (utilizado para detectar sangramentos internos invisíveis a olho nu);
- Tomografia computadorizada do intestino (colonoscopia virtual para casos específicos);
- Biospsia, caso seja detectada uma alteração suspeita.
Adotar um estilo de vida saudável é uma das formas mais eficazes de reduzir o risco do câncer colorretal. Algumas medidas essenciais incluem: manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, vegetais e grãos integrais;
reduzir o consumo de carnes processadas e embutidos; praticar atividades físicas regularmente; evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool e fazer check-ups periódicos, especialmente após os 50 anos.
https://catracalivre.com.br/saude-bem-estar/estudo-revela-dieta-que-ajuda-a-interromper-crescimento-do-cancer-colorretal/