Câncer na vulva: como prevenir a doença que muitas vezes é silenciosa

Saiba como prevenir o câncer na vulva, reconhecer os sintomas e entender as principais formas de diagnóstico e tratamento

27/02/2025 07:02

O câncer na vulva é uma condição rara, mas que merece atenção. Muitas vezes, seus sintomas são discretos ou passam despercebidos, dificultando o diagnóstico precoce. No entanto, medidas de prevenção e acompanhamento regular podem reduzir os riscos.

Sintomas de câncer na vulva
Sintomas de câncer na vulva - iSTock/magicmine

Esse tipo de câncer ginecológico se desenvolve na parte externa dos órgãos genitais femininos, incluindo os lábios vaginais, o clitóris e a abertura vaginal.

O tipo mais comum é o carcinoma de células escamosas, que representa cerca de 90% dos casos e costuma evoluir lentamente. 

Quais são as principais causas?

O câncer de vulva pode surgir por diferentes fatores, sendo os principais:

  • Infecção pelo papilomavírus humano (HPV): certos tipos de HPV de alto risco estão associados ao desenvolvimento de lesões pré-cancerosas, que podem evoluir para câncer se não forem tratadas.
  • Doenças de pele na vulva: condições como líquen escleroso e líquen plano também podem levar ao desenvolvimento do câncer se não forem devidamente acompanhadas.

Quais são os sintomas do câncer na vulva?

Nos estágios iniciais, o câncer na vulva pode se manifestar com sinais discretos, como:

  • Coceira persistente;
  • Feridas que não cicatrizam;
  • Manchas ou alterações na coloração da pele;
  • Pequenas ulcerações;
  • Dor ou sensibilidade;
  • Dor ao urinar;
  • Caroços na região vulvar;
  • Sangramento vaginal;
  • Ínguas.

Nos casos mais avançados, podem surgir tumores visíveis, vegetações e nódulos na região. Como esses sintomas também podem ser causados por outras condições, é essencial buscar avaliação médica ao notar qualquer alteração.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico começa com um exame ginecológico detalhado. O médico pode utilizar a vulvoscopia, um exame que amplia a imagem da região para identificar alterações suspeitas. Se necessário, é realizada uma biópsia para confirmação do diagnóstico.

O prognóstico depende do estágio da doença no momento do diagnóstico. Quando identificado precocemente, o câncer de vulva tem altas chances de cura. Além disso, lesões pré-cancerosas podem ser tratadas antes de se tornarem malignas.

O tratamento principal é a cirurgia, que pode variar de uma pequena remoção da lesão até a retirada parcial ou total da vulva. Em casos mais avançados, pode ser necessária a remoção de linfonodos da virilha.

Se a doença estiver disseminada ou se a cirurgia não for viável, podem ser indicadas a radioterapia e outras abordagens complementares.

Como prevenir o câncer na vulva?

A prevenção envolve medidas como:

  • Vacinação contra o HPV: protege contra os principais tipos do vírus associados ao câncer ginecológico.
  • Exames ginecológicos regulares: permitem o diagnóstico precoce de alterações suspeitas.
  • Tratamento de doenças dermatológicas na vulva: condições como líquen escleroso devem ser acompanhadas para evitar a progressão para um câncer.
  • Uso de preservativos: praticar sexo seguro é essencial.

A atenção aos sintomas e o acompanhamento regular com um ginecologista são fundamentais para prevenir e tratar a doença no estágio inicial, aumentando as chances de cura.