Ciência descobre molécula capaz de reverter sintomas de Alzheimer
O composto poder ser candidato entre os tratamentos para a doença de Alzheimer
Em um novo estudo, uma molécula inovadora demonstrou restaurar funções cognitivas em camundongos com sintomas da doença de Alzheimer.
De acordo com os pesquisadores, a molécula foi capaz de ativar os circuitos de memória do cérebro.
Se for comprovado que tem efeitos semelhantes em humanos, o composto candidato seria uma novidade entre os tratamentos para a doença de Alzheimer por sua capacidade de revitalizar a memória e a cognição.
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A equipe de pesquisa divulgou o artigo com os resultados na revista The Proceedings of the National Academy of Sciences.
A molécula DDL-920 funciona de forma diferente de medicamentos recentes aprovados para a doença de Alzheimer.
O lecanemab e aducanumab são medicamentos que removem placas prejudiciais que se acumulam nos cérebros de pacientes com doença de Alzheimer.
Embora a remoção dessa placa tenha demonstrado diminuir a taxa de declínio cognitivo, ela não restaura a memória e os comprometimentos cognitivos.
Detalhes da descoberta
No estudo, publicado no periódico The Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores buscaram encontrar um composto que pudesse, figurativamente, religar o circuito de memória do cérebro.
Para testar se isso realmente resultaria em melhora da memória e da cognição, os pesquisadores usaram ratos que foram geneticamente modificados para apresentar sintomas da doença de Alzheimer. Também trabalharam com camundongos selvagens.
Tanto esses camundongos modelo de doença de Alzheimer quanto os camundongos selvagens passaram por testes cognitivos em um labirinto. O labirinto serviu para medir o quão bem os roedores podem aprender e lembrar a localização do buraco de escape.
Após os testes iniciais, os pesquisadores administraram oralmente DDL-920 aos camundongos com Alzheimer duas vezes ao dia por duas semanas.
Após o tratamento, os camundongos modelo de Alzheimer foram capazes de lembrar do buraco de fuga no labirinto em taxas semelhantes às dos camundongos selvagens.
Além disso, os camundongos tratados não apresentaram nenhum comportamento anormal ou outros efeitos colaterais durante o período de duas semanas.
A equipe disse que, embora o tratamento tenha sido eficaz em camundongos, muito mais trabalho seria necessário para determinar se o tratamento seria seguro e eficaz em humanos.