Cientistas divulgam lista de piores ingredientes ultraprocessados; veja ao que você deve se atentar

Estudo histórico revela quais aditivos aumentam o risco de morte e quais podem até oferecer proteção ao organismo

02/09/2025 20:30

Um estudo publicado na revista eClinicalMedicine revelou quais aditivos presentes em alimentos ultraprocessados estão mais associados ao aumento do risco de mortalidade. A pesquisa, conduzida por cientistas alemães, analisou mais de 186 mil pessoas e acompanhou os efeitos do consumo desses ingredientes por anos.

Alimentos ultraprocessados e risco de morte

O consumo frequente de ultraprocessados já vinha sendo associado a ganho de peso, desequilíbrios metabólicos e alterações na microbiota intestinal. Agora, os pesquisadores comprovaram que determinados aditivos elevam significativamente o risco de morte, enquanto outros parecem exercer efeito protetor.

Entre os cinco principais grupos de aditivos relacionados ao aumento da mortalidade estão:

  • Aromatizantes artificiais
  • Intensificadores de sabor
  • Corantes
  • Adoçantes artificiais
  • Diferentes tipos de açúcar
Estudo revela quais ingredientes presentes em ultraprocessados aumentam o risco de morte
Estudo revela quais ingredientes presentes em ultraprocessados aumentam o risco de morte - Hailshadow/istock

Ingredientes mais perigosos encontrados no estudo

Segundo os cientistas, os aditivos mais associados ao risco de morte foram:

  • Glutamato
  • Ribonucleotídeo
  • Acesulfame
  • Sacarina
  • Sucralose
  • Agentes de aglomeração
  • Agentes firmadores
  • Espessantes
  • Frutose
  • Açúcar invertido
  • Lactose
  • Maltodextrina

Esses ingredientes estão presentes em refrigerantes, doces, salgadinhos, biscoitos recheados e diversos alimentos prontos para consumo.

Nem todos os aditivos fazem mal

Curiosamente, os agentes gelificantes se destacaram por ter efeito oposto, reduzindo o risco de mortalidade. Isso ocorre porque muitos deles contêm pectina, uma fibra solúvel que auxilia na digestão, regula os níveis de açúcar no sangue e até apresenta efeitos protetores contra células cancerígenas.

Outros aditivos avaliados, como auxiliares de processamento, óleos modificados, fontes de proteína e fibras, não mostraram relação direta com o aumento da mortalidade.