Comida típica do café da manhã pode levar à demência, sugere estudo
Novo estudo sugere que a ingestão diária de um alimento pode acabar sendo prejudicial, aumentando o risco de declínio cognitivo
Um estudo recente indica que o consumo excessivo de um nutriente comum em cereais, típicos do café da manhã, pode aumentar o risco de declínio cognitivo e demência.
Segundo os pesquisadores, a vitamina tiamina, também conhecida como vitamina B1, se ingerida em excesso, está associada à diminuição da função cognitiva.
Importância dessa vitamina
Essencial para o funcionamento adequado do sistema nervoso, a tiamina ajuda a transformar alimentos em energia. O corpo humano não produz essa vitamina, portanto, ela acaba sendo obtida por meio da dieta.
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Além de estar presente naturalmente em alguns alimentos, a tiamina é adicionada a outros, como cereais matinais e fórmulas infantis.
Estudos anteriores em animais apontaram que a falta de tiamina pode causar estresse oxidativo ou morte de células nervosas, perda de memória e formação de placas – todos fatores de risco para a doença de Alzheimer.
Como uma tigela diária de cereal pode aumentar o risco de demência?
O novo estudo, realizado pela Universidade Médica de Anhui, na China, foi além, sugerindo que o consumo excessivo de tiamina também pode levar ao declínio cognitivo.
Analisando a dieta e a função cognitiva de cerca de 3.000 adultos, os pesquisadores detectaram uma ligação entre o consumo de tiamina e uma diminuição na pontuação dos testes cognitivos.
O estudo identificou que um consumo ideal de tiamina seria em torno de 0.68 mg por dia – uma quantidade muito inferior à disponível em uma porção de certos cereais enriquecidos com a vitamina, que muitos acabam consumindo diariamente no café da manhã.
A necessidade de mais pesquisas
Apesar dos resultados preocupantes, os pesquisadores ressaltam que mais estudos são necessários para confirmar seus achados.
Eles alertam para o fato de que o impacto do consumo de tiamina na função cognitiva pode ser ainda maior em pessoas hipertensas ou obesas. Pois essas são condições de saúde que também oferecem risco para o declínio cognitivo.
A recomendação dos pesquisadores é que esses grupos, em particular, evitem a ingestão excessiva de tiamina.