Como é o tratamento para o vício em sexo

Reconhecer os sinais e buscar tratamento adequado é fundamental para superar essa dependência

A dependência sexual, também conhecida como hipersexualidade ou vício em sexo, é um transtorno comportamental caracterizado, sobretudo, pela obsessão com atividades sexuais ao ponto de interferir negativamente na vida pessoal, profissional e social do indivíduo.

O tratamento para quem é viciado em sexo envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo terapia psicológica, medicamentos, grupos de apoio e mudanças no estilo de vida. 

Entendendo o vício em sexo

O vício em sexo pode manifestar-se de diversas formas, como a compulsão por pornografia, masturbação excessiva, busca incessante por parceiros sexuais e comportamentos de risco.

Este transtorno pode levar a consequências graves, como problemas de relacionamento, perda de emprego, distúrbios emocionais e até questões legais.

Como é o diagnóstico do vício em sexo?

O primeiro passo no tratamento do vício em sexo é o diagnóstico correto. Este geralmente é feito por um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra, através de uma avaliação detalhada do comportamento sexual do paciente e do impacto desse comportamento em sua vida.

Ferramentas de avaliação, como questionários e entrevistas clínicas, são frequentemente utilizadas para identificar a hipersexualidade.

O tratamento para o vício em sexo envolve uma abordagem multidisciplinar
Créditos: olly18/DepositPhotos
O tratamento para o vício em sexo envolve uma abordagem multidisciplinar

Como é o tratamento para viciados em sexo?

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais eficazes no tratamento da dependência sexual.

A TCC ajuda os indivíduos a identificar e modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais relacionados ao sexo. Durante as sessões de TCC, os pacientes aprendem a:

  • Identificar gatilhos: reconhecer situações, emoções e pensamentos que desencadeiam comportamentos sexuais compulsivos.
  • Desenvolver estratégias de enfrentamento: adotar técnicas saudáveis para lidar com os gatilhos sem recorrer ao sexo compulsivo.
  • Modificar crenças irracionais: alterar percepções distorcidas sobre o sexo e a sexualidade.
  • Estabelecer metas: definir objetivos claros e realistas para reduzir comportamentos problemáticos.

Terapia de Grupo

A terapia de grupo oferece um ambiente de apoio onde os indivíduos podem compartilhar suas experiências e desafios com outras pessoas que enfrentam problemas semelhantes.

Assim, participar de grupos de apoio proporciona uma rede de suporte emocional e social, facilitando a recuperação.

Tratamento medicamentoso

Em alguns casos, o tratamento medicamentoso pode ser necessário para ajudar a controlar os sintomas do vício em sexo.

Medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor e inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) podem ajudar a reduzir a compulsão sexual e tratar comorbidades como depressão e ansiedade.

O que um viciado sexual pensa ou sente sobre sua obsessão sexual?

  • Culpa, vergonha ou remorso
  • Desesperança, impotência diante do comportamento viciante
  • Depressão, solidão
  • Medo e ansiedade
Conheça alguns sinais de vício em sexo
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Conheça alguns sinais de vício em sexo

Quais são os sinais e de dependência sexual ou hipersexualidade?

Primeiramente, um dos sinais mais evidentes é a obsessão constante por pensamentos e fantasias sexuais.

Além disso, muitas pessoas que sofrem de dependência sexual passam a dedicar uma quantidade excessiva de tempo à busca de atividades sexuais, seja consumindo pornografia, masturbando-se ou procurando múltiplos parceiros sexuais.

Ademais, é comum que indivíduos com hipersexualidade apresentem um padrão de comportamento impulsivo, onde a necessidade de gratificação sexual se sobrepõe a outras responsabilidades.

Esse comportamento frequentemente leva a um ciclo de arrependimento e culpa, seguido por novas tentativas de saciar os impulsos sexuais.

Outro sinal significativo é a incapacidade de controlar ou reduzir as atividades sexuais, mesmo quando a pessoa reconhece que tais comportamentos são prejudiciais.

Por conseguinte, a hipersexualidade também pode se manifestar através de comportamentos de risco. Isto inclui o envolvimento em atividades sexuais sem proteção, a participação em encontros sexuais com desconhecidos, voyeurismo ou exibicionismo.

Esses comportamentos frequentemente colocam o indivíduo em situações perigosas, aumentando, assim, o risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

Além disso, a dependência sexual pode levar a um distanciamento emocional e social, já que o foco excessivo em atividades sexuais pode prejudicar a qualidade dos relacionamentos interpessoais.

Amigos, familiares e parceiros frequentemente notam mudanças na atitude e no comportamento do indivíduo, pois esse pode se tornar mais isolado.