Como uma simples troca no café da manhã pode reduzir o risco de demência

Pesquisa aponta para hábito foi associado à redução de lesões na substância branca cerebral

Por Silvia Melo em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
11/02/2025 12:33 / Atualizado em 12/02/2025 19:43

Embora o café não deixe de ter benefícios para a saúde, um estudo japonês recente descobriu que o chá verde é superior para ajudar a reduzir o risco de demência em pessoas mais velhas.

O chá verde tem sido amplamente estudado por seus benefícios à saúde e a pesquisa publicada no NPJ Science of Food confirmou o benefício na proteção.

Detalhes do estudo 

Os pesquisadores analisaram dados de aproximadamente 10.000 idosos japoneses e encontraram uma forte associação entre o consumo de chá verde e a diminuição de lesões na substância branca cerebral. Essas lesões estão relacionadas a doenças como a demência vascular e o Alzheimer.

O estudo observacional utilizou exames de ressonância magnética e questionários alimentares para avaliar o impacto do chá verde na saúde cerebral.

Chá verde supera o café na proteção cerebral e redução do risco de demência, segundo estudo
Chá verde supera o café na proteção cerebral e redução do risco de demência, segundo estudo - Eva-Katalin/istock

Pressão arterial e o papel do chá verde

Um dos principais fatores de risco para lesões na substância branca cerebral é a hipertensão. O estudo destacou que o chá verde ajuda a reduzir a pressão arterial, o que pode explicar seus benefícios na prevenção da demência.

Além disso, a bebida contém menos cafeína do que o café, evitando efeitos adversos na pressão arterial.

Comparação entre o chá verde e o café

Embora o café também tenha antioxidantes e benefícios para a saúde, ele contém uma quantidade significativamente maior de cafeína em comparação ao chá verde. Enquanto uma xícara de chá verde fornece entre 25 e 45 mg de cafeína, o café pode conter cerca de 100 mg, dependendo do método de preparo.

O excesso de cafeína pode elevar a pressão arterial e aumentar os riscos cardiovasculares, o que pode impactar negativamente a saúde cerebral a longo prazo.