Complicação comum em gestantes aumenta o risco de ataque cardíaco
O risco é quatro vezes maior e permanece elevado mais de 20 anos depois
Um estudo que acompanhou mais de 1 milhão de mulheres grávidas por até 39 anos após o parto descobriu que aquelas que têm pré-eclâmpsia durante a gestação mantêm um risco maior de ataque cardíaco e derrame por pelo menos duas décadas após a infecção. O estudo foi publicado no European Journal of Preventive Cardiology.
As mulheres com a condição – que causa pressão alta durante a gravidez – foram quatro vezes mais propensas a ter um ataque cardíaco e três vezes mais propensas a ter um derrame dentro de 10 anos após o parto.
E, segundo os pesquisadores, essas mulheres permaneceram duas vezes mais propensas a ter problemas cardíacos do que aquelas sem pré-eclâmpsia até 20 anos depois.
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A autora do estudo, Sara Hallum, da Universidade de Copenhague, disse que as descobertas indicam que as mães com a doença devem ser monitoradas muito tempo após o parto.
“A prevenção deve começar dentro de uma década após o parto, por exemplo, tratando a pressão alta e informando as mulheres sobre os fatores de risco para doenças cardíacas, como tabagismo e sedentarismo”, acrescentou.
O que é pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma condição que afeta mulheres grávidas, geralmente após a 20ª semana ou logo após o nascimento do bebê.
Os primeiros sinais incluem pressão alta (hipertensão) e proteína na urina (proteinúria).
As gestantes devem ficar atentas aos seguintes sinais que indicam pre-eclâmpsia:
- Rápido ganho de peso, de 2 a 5 quilos em uma única semana
- Inchaço da face ou extremidades, especialmente as mãos e pés
- Dores de cabeça
Se não for tratada, a pré-eclâmpsia pode levar a complicações sérias – até fatais – tanto para a mãe quanto para o bebê.
O parto precoce do bebê é frequentemente recomendado. O momento do parto depende da gravidade da pré-eclâmpsia e de quantas semanas de gravidez a mulher está. Antes do parto, o tratamento da pré-eclâmpsia inclui monitoramento cuidadoso e medicamentos para baixar a pressão arterial e controlar as complicações.
A causa exata da condição é atualmente desconhecida, mas acredita-se que ocorra quando há um problema com a placenta.
Existem também vários fatores que aumentam a chance de desenvolver a doença, incluindo histórico familiar, idade superior a 40 anos ou gravidez múltipla.