Ao longo da história, muitas culturas têm dependido fortemente de plantas e ervas para fins medicinais. A medicina moderna está agora analisando como essas fontes tradicionais podem ser usadas para controlar o açúcar no sangue.

Um dos composto naturais presentes em várias plantas e que pode ajudar quem tem diabetes é a berberina.

Estudos mostram que ela pode melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir os níveis de glicose no sangue. Exatamente por isso, ela é usada há séculos na medicina tradicional chinesa e na medicina ayurvédica.

De acordo com o Diabetes Action Research and Education Foundation, pesquisas mostraram que 500mg de Berberina tomados 2 a 3 vezes ao dia foram capazes de controlar o açúcar no sangue e o metabolismo lipídico tão eficazmente quanto a metformina.

Além disso, a berberina pode ajudar a melhorar a saúde do coração, reduzindo os níveis de colesterol LDL (o colesterol “ruim”) e triglicerídeos. Ela também pode aumentar o colesterol HDL (o “bom” colesterol), o que pode reduzir o risco de doenças cardíacas.

Alguns estudos indicam ainda que a berberina pode ajudar na perda de peso, possivelmente devido à sua capacidade de melhorar o metabolismo e regular o armazenamento de gordura no corpo.

É seguro tomar berberina?

Alguns efeitos colaterais da berberina foram relatados em estudos de pesquisa, principalmente sintomas gastrointestinais, como náusea, dor abdominal, inchaço, constipação ou diarreia. 

A berberina pode interagir com medicamentos. Por exemplo, foi demonstrado que ela interage com a ciclosporina, um medicamento usado para prevenir a rejeição de órgãos transplantados.

Se você toma medicamentos, é sempre importante conversar com seu médico se estiver pensando em tomar suplementos de berberina. 

A exposição à berberina tem sido associada a um acúmulo prejudicial de bilirrubina em bebês, o que pode causar danos cerebrais.

Portanto, a berberina provavelmente não é segura para bebês e também pode não ser segura para uso durante a gravidez ou amamentação devido a possíveis efeitos no feto ou no bebê. 

É importante destacar ainda que o uso dessa substância não substitui a medicação prescrita pelo médico e que não deve ser consumida sem orientação.