Consumir sal em excesso pode comprometer a saúde cognitiva
Estudo realizado em camundongos observou que dieta rica em alimentos salgados afetou a memória e a capacidade de resolução de problemas
Já é sabido que sal em demasia está diretamente relacionado com o surgimento de casos de hipertensão, mas agora pesquisadores da Universidade de Cornell e da Universidade de Washington, nos EUA, apontam que, em excesso, ele também pode afetar a saúde cognitiva. O estudo foi publicado na revista científica Nature.
Segundo os pesquisadores, uma dieta muito salgada reduz os níveis de óxido nítrico, que altera uma proteína dentro do neurônio, provocando um mau funcionamento do cérebro.
A conclusão foi feita após os cientistas observarem como os ratos se comportavam após a ingestão de uma quantidade grande de alimentos salgados. A dieta, que tinha de 8 a 16 vezes mais sal que o normal, causou uma disfunção cognitiva associada a um déficit de óxido nítrico nas células cerebrais e a uma baixa irrigação sanguínea cerebral.
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Os camundongos apresentaram proteínas tau hiperfosforiladas em áreas do cérebro, responsáveis pela função de solucionar problemas e pela memória.
Quantidade segura de sal
O consumo de sal na quantidade adequada é essencial para a manutenção da saúde e na prevenção de doenças crônicas. As novas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo de, no máximo, 2.000 mg de sódio ou 5 gramas de sal por dia, isso equivale a uma colher de chá. Parece pouco e, na realidade, é.
Também vale dizer que, nessa conta diária, é preciso incluir o sal encontrado nos produtos industrializados, como batata frita, salgadinhos de milho, bolos sem recheio e recheados, rocambole, misturas para bolo, maionese, biscoito salgado e doce. Por isso, é muito importante atentar-se à tabela nutricional dos alimentos e tornar a leitura dos rótulos um hábito.
Para entender como interpretar a informação contida nas embalagens, continue lendo aqui.