Consumo dessa fruta popular reduz risco de demência, diz estudo
Em teste, pessoas que consumiram a fruta diariamente tiveram melhor desempenho em um teste de aprendizagem
Pesquisadores da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, apostam no poder de uma determinada fruta na prevenção da demência.
Segundo eles, consumir morango todos os dias pode ajudar a reduzir o risco da condição em certas pessoas de meia-idade. A equipe publicou as descobertas na revista Nutrients.
Experimento com pacientes
No estudo de 12 semanas, 30 pacientes com excesso de peso que se queixaram de comprometimento cognitivo leve. Eles se abstiveram de comer frutas vermelhas – exceto um pacote diário de suplemento em pó misturado com água.
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Metade dos participantes, que tinham entre 50 e 65 anos, recebeu um pó com o equivalente a uma xícara de morangos inteiros, enquanto a outra metade recebeu um placebo.
Os pesquisadores monitoraram a memória de longo prazo, o humor e a saúde metabólica dos participantes.
Eles descobriram então que aqueles do grupo do morango em pó tiveram melhor desempenho em um teste de aprendizagem de lista de palavras e tiveram uma redução significativa nos sintomas depressivos.
Tanto os morangos quanto os mirtilos contêm antioxidantes chamados antocianinas, que têm sido implicados em uma variedade de benefícios à saúde, como melhorias metabólicas e cognitivas.
Existem dados epidemiológicos que sugerem que as pessoas que consomem morangos ou mirtilos regularmente têm uma taxa mais lenta de declínio cognitivo com o envelhecimento.
Os pesquisadores observaram que os morangos também contêm elagitaninos e ácido elágico, que possuem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antimicrobianas e anticancerígenas.
Dessa forma, é possível que a fruta melhore a função cognitiva ao reduzir a inflamação no cérebro.
O que é demência?
Demência é um termo geral para perda de memória, linguagem, resolução de problemas e outras habilidades de pensamento que são graves o suficiente para interferir na vida diária. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência.
Quais os sinais e sintomas de demência?
- Memória de curto prazo
- Problemas para planejar e seguir instruções
- Dificuldade em encontrar palavras
- Mudanças de humor, podendo ficar mais deprimido ou agressivo
O que causa demência?
A demência é causada por uma variedade de doenças que danificam as células cerebrais. Esse dano interfere na capacidade das células cerebrais de se comunicarem entre si.
O cérebro tem muitas regiões distintas, cada uma das quais é responsável por diferentes funções (por exemplo, memória, julgamento e movimento). Quando as células de uma determinada região sofrem danos, essa região não consegue desempenhar suas funções normalmente.
Diferentes tipos de demência estão associados a tipos específicos de danos às células cerebrais em regiões específicas do cérebro.
Por exemplo, na doença de Alzheimer, níveis elevados de certas proteínas dentro e fora das células cerebrais dificultam a manutenção da saúde e a comunicação entre as células cerebrais.
A região do cérebro chamada hipocampo é o centro de aprendizagem e memória do cérebro, e as células cerebrais nesta região são frequentemente as primeiras a serem danificadas.
É por isso que a perda de memória costuma ser um dos primeiros sintomas da doença de Alzheimer.
Como é o diagnóstico de demência?
Não existe um teste para determinar se alguém tem demência. Por isso, os médicos diagnosticam Alzheimer e outros tipos de demência com base em um histórico médico cuidadoso, exame físico e exames laboratoriais.
Além disso, se baseiam nas alterações características no pensamento, nas funções cotidianas e no comportamento associadas a cada tipo.
Os médicos podem determinar que uma pessoa tem demência com um elevado nível de certeza.
Mas é mais difícil determinar o tipo exato de demência porque os sintomas e as alterações cerebrais de diferentes demências podem se sobrepor.
Em alguns casos, o médico pode diagnosticar “demência” e não especificar o tipo. Caso isso ocorra, pode ser necessário consultar um especialista como neurologista, psiquiatra, psicólogo ou geriatra.