Coronavírus em SP: 50% dos pacientes em estado grave não são idosos
Em São Paulo, pacientes graves com coronavírus são em maioria pessoas com menos de 60 anos
Segundo estatísticas da Secretaria Estadual de Saúde, metade dos novos casos graves de coronavírus em São Paulo atingiu pessoas com menos de 60 anos. Os números contradizem a teoria de que a doença afeta, sobretudo, idosos como se pensava nos primeiros meses da pandemia.
Ainda de acordo com o levantamento, até 8 de abril, 2.355 pessoas foram hospitalizadas em hospitais paulistas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma das consequências causadas pelo coronavírus. Desse total, mais de 50% não era idoso.
Dos 1.193 casos, 816 internados tinham entre 40 e 59 anos; 352 entre 20 a 39 anos. Além disso, os números mostram que crianças e adolescentes não estão completamente fora de risco. Foram registrados 25 casos graves na população de 0 a 19 anos, incluindo duas mortes.
- Estudo aponta relação do autismo com cordão umbilical
- Onde explorar a riquíssima gastronomia portuguesa em Lisboa?
- Mais do que tempero, alecrim é eficiente para memória e muito mais
- Autismo: saiba motivo que leva ao aumento expressivo de casos da doença
- Quais os cuidados para prevenir o novo coronavírus
- Saiba o que fazer se estiver com suspeita de coronavírus
- Coronavírus: saiba o que a OMS diz sobre o uso de máscaras
- Como se proteger no ambiente de trabalho
- Quais os sintomas e tudo o que se sabe até agora sobre o coronavírus
- SUS lança app para fazer triagem virtual
- Coronavírus: como se proteger no transporte público
- Aplicativo avisa se você passou por alguém com coronavírus
Jovens em estado grave x colapso da saúde
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o pneumologista José Eduardo Afonso Jr, destaca número crescente de jovens saudáveis, que mesmo sem qualquer doença preexistente, desenvolveram pneumonia e demais complicações resultadas da infecção. “Eu mesmo cuidei de vários pacientes na faixa dos 40 anos, sem comorbidades, que ficaram em estado muito grave. O fato de a letalidade ser maior em pessoas com fatores de risco não deixa jovens e pessoas saudáveis isentas de desenvolverem complicações. O que difere é que, caso internados, eles têm mais chance de sobreviver porque têm uma reserva pulmonar maior para aguentar a doença.”
Ele chama atenção para as consequências que um eventual colapso do sistema de saúde pode causar. “Uma pessoa saudável tem uma condição de responder melhor à infecção, mas se ela não conseguir um respirador ou se for internada em um local que não siga os protocolos existentes, ela corre o risco de morrer como qualquer outro paciente.”
Confia a matéria completa no Estadão.