Desânimo constante e mau humor? Pode ser distimia
Sentimentos persistentes de tristeza, apatia e baixa autoestima podem indicar distimia, um tipo de depressão leve, porém duradoura
Se você vive com sensação constante de cansaço, tristeza, mau humor e baixa autoestima, pode estar enfrentando mais do que uma fase ruim.
Esses sintomas são comuns em um transtorno chamado distimia, também conhecido como transtorno depressivo persistente.

Apesar de ser considerada uma forma mais leve de depressão, a distimia pode se arrastar por anos e comprometer significativamente a qualidade de vida.
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Muitos convivem com os sintomas sem perceber que precisam de ajuda, pois acabam acreditando que esse estado de ânimo faz parte da própria personalidade.
O que é e como reconhecer a distimia?
O termo “distimia” vem do grego e significa “mau estado de espírito”. Segundo a Johns Hopkins Medicine, trata-se de uma depressão leve, mas de longa duração.
Para ser diagnosticada, a pessoa deve apresentar humor depressivo por pelo menos dois anos, acompanhado de pelo menos dois dos seguintes sintomas:
- Sensação constante de tristeza ou vazio;
- Dificuldade de concentração ou para tomar decisões;
- Fadiga e baixa energia;
- Irritabilidade ou mau humor persistente;
- Sentimentos de desesperança;
- Alterações no sono e no apetite;
- Baixa autoestima.
Embora os sintomas possam parecer “suportáveis”, a distimia pode ser tão limitante quanto episódios de depressão maior, especialmente quando não é tratada.
Causas, diagnóstico e tratamento
As causas da distimia ainda não são totalmente compreendidas, mas fatores como predisposição genética, alterações químicas no cérebro e experiências traumáticas parecem estar ligados ao seu desenvolvimento.
Estresse contínuo e histórico familiar de depressão também são considerados fatores de risco.
O diagnóstico é clínico e feito por um profissional de saúde mental, que avaliará os sintomas e sua duração.
Em muitos casos, pessoas com distimia também enfrentam episódios de depressão mais grave, voltando depois ao humor persistentemente rebaixado.
O tratamento costuma incluir:
- Psicoterapia, especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC);
- Uso de antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS);
- Mudanças no estilo de vida, como prática de atividades físicas, sono regular e apoio social.
É fundamental que o diagnóstico e o acompanhamento sejam feitos por um médico. Reconhecer o problema é o primeiro passo para recuperar a qualidade de vida.