Erro aos 40 pode acelerar envelhecimento do cérebro, indica Universidade da Califórnia

Estudo americano trouxe à tona uma descoberta inquietante para a sua saúde mental

Por André Nicolau em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
10/04/2025 16:00 / Atualizado em 25/04/2025 09:16

Cortisol elevado: como reconhecer os sinais de alerta?
Cortisol elevado: como reconhecer os sinais de alerta? - HayDmitriy/DepositPhotos

Quando pensamos nas consequências de uma noite mal dormida, geralmente nos vêm à mente o cansaço, o mau humor e aquela dificuldade básica de manter os olhos abertos no dia seguinte.

Mas a história vai muito além disso. Dormir mal mexe com o coração do seu corpo: o cérebro. E, se você já passou dos 40, o impacto é ainda mais sério — o sono ruim pode literalmente acelerar o envelhecimento cerebral.

O alerta vem da ciência

Um estudo da University of California trouxe à tona uma descoberta inquietante. Pesquisadores analisaram os hábitos de sono de 589 adultos de meia-idade e realizaram exames cerebrais detalhados. O que encontraram? Pessoas com mais dificuldades para dormir — como insônia persistente, sono fragmentado ou sonolência durante o dia — apresentaram um cérebro com até 2,6 anos a mais do que o esperado para sua idade.

Sim, o cérebro delas parecia mais velho. E isso tudo apenas por dormir mal.

Embora o estudo, publicado na revista Neurology, não afirme que o sono ruim causa diretamente esse envelhecimento, a conexão é clara e preocupante.

“Nosso estudo mostra que o sono inadequado pode estar ligado a quase três anos extras no relógio biológico do cérebro ainda na meia-idade”, afirma Clémence Cavaillès, principal autora da pesquisa.

Como proteger sua mente do envelhecimento precoce?

Seu cérebro merece cuidados — e a chave pode estar em uma boa noite de sono. Algumas atitudes simples podem fazer uma diferença enorme:

  • Corte a cafeína e o álcool à noite – eles sabotam o ciclo natural do sono;
  • Desligue o mundo digital – evite telas antes de dormir;
  • Transforme o quarto em um santuário do sono – escuro, silencioso e acolhedor;
  • Crie um ritual noturno – deite e levante nos mesmos horários todos os dias.

Segundo a pesquisadora Kristine Yaffe, tratar distúrbios do sono o quanto antes pode ser uma peça-chave para manter o cérebro jovem e saudável por mais tempo.

Mas o sono é só uma parte do quebra-cabeça…

Claro, dormir bem é fundamental, mas o cérebro também sofre com outros vilões:

  • Fumar;
  • Excesso de álcool;
  • Dieta desequilibrada;
  • Sedentarismo;
  • Estresse crônico.

E, como se não bastasse, o tempo também faz sua parte: com o avanço da idade, o cérebro naturalmente perde volume e eficiência. A memória, o raciocínio e a capacidade de aprendizado podem começar a dar sinais de cansaço.

Por isso, mais do que nunca, priorizar o sono é um ato de autocuidado profundo. Dormir bem é como apertar o botão de “pausa” no envelhecimento cerebral — e quem não quer dar um tempo no relógio?

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