Esclerose múltipla: fadiga e visão embaçada são alguns dos sinais

A atriz Claudia Rodrigues enfrenta a doença autoimune desde 2000

Claudia Rodrigues foi transferida do Rio para São Paulo
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Claudia Rodrigues foi transferida do Rio para São Paulo

A atriz Claudia Rodrigues, 47 anos, foi transferida na noite de ontem (23) para o Hospital Albert Einstein, na capital paulista. Não foi informado o estado de saúde. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o quadro clínico da atriz não será detalhado “em respeito ao silêncio da família”.

Ela estava internada na Clínica São Vicente, na zona sul do Rio de Janeiro, desde a última quarta-feira (20).

Cláudia Rodrigues luta contra a esclerose múltipla desde 2000. A doença é autoimune e degenerativa e afeta o sistema nervoso central. Com isso, o paciente tende a perder a capacidade de controlar o corpo. Em casos graves, perde a capacidade de andar e de falar.

No caso da atriz, ela não reconhece mais as pessoas e está sem força para ficar de pé.

“Peço a você, seus amigos e familiares que participem dessa corrente de oração pela recuperação da comediante Claudia Rodrigues hoje (sábado) às 18h. Vamos parar e rezar um Pai Nosso para que ela volte para nós”, escreveu Adriane Bonato, empresária da atriz.

Dores crônicas também podem aparecer em pessoas com esclerose múltipla
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Dores crônicas também podem aparecer em pessoas com esclerose múltipla

A fadiga é um dos sintomas mais comuns apresentados por quem sofre da doença que ainda não tem cura. Geralmente o cansaço intenso se apresenta quando a pessoa faz um esforço físico. Esse é apenas um dos sinais da doença autoimune que afeta o cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central).

Estima-se que a esclerose múltipla atinja hoje no mundo 2,3 milhões de pessoas, sendo 35 mil brasileiras. Por se tratar de uma doença silenciosa, é preciso ficar atento aos sinais, que em geral começam a aparecer na faixa dos 20 aos 40 anos, especialmente em mulheres.

Os mais atingidos com a esclerose são os mais jovens, principalmente mulheres entre 20 e 40 anos, segundo dados da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).

Sintomas

De acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula, Renata Simm, os sintomas são variados, podem acontecer a qualquer momento e duram, em média, cerca de uma semana. Entre os sintomas estão:

– Perda da visão, visão dupla ou embaçada

– Incontinência urinária

– Fraqueza em partes do corpo

– Dificuldade de engolir

– Formigamento das pernas ou de um lado do corpo

– Desequilíbrio

– Falta de coordenação motora

– Fadiga desproporcional à atividade realizada

– Dores crônicas

– Disfunção erétil nos homens

– Diminuição de lubrificação vaginal nas mulheres

Diagnóstico

A primeira coisa a ser feita em caso de suspeita de esclerose múltipla é buscar ajuda de um médico neurologista. Como existe uma série de doenças inflamatórias e infecciosas com sintomas parecidos, somente o médico saberá identificar.

O diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames, como a ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da medula espinhal.

Tratamento

Embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, há tratamentos que ajudam a atenuar os afeitos e desacelerar a progressão da doença. Hoje, no Brasil, já existem diversas opções de tratamento, através de cápsula oral diária ou injeções.

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