Estes alimentos aumentam o risco de Alzheimer, segundo estudo
Estudo australiano sugere que o consumo diário de alimentos específicos pode aumentar o risco de desenvolver Alzheimer
Um estudo, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, sugere que a ingestão diária de certos alimentos pode aumentar o risco futuro de desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Os autores da pesquisa são das Universidades Bond e Griffith, na Austrália. No estudo, eles compararam os hábitos alimentares de 438 adultos, entre os quais 108 tinham o diagnóstico de Alzheimer e os demais eram considerados saudáveis.
Quais alimentos podem aumentar o risco de Alzheimer?
Segundo o estudo, o consumo regular de alimentos processados e à base de carne pode levar ao desenvolvimento da doença.
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Isso porque os indivíduos com Alzheimer apresentavam uma rotina alimentar que incluía, regularmente:
- tortas de carne;
- salsichas;
- presunto;
- pizza;
- hambúrguer.
Outra característica notável foi o consumo reduzido de frutas, vegetais e vinhos, tanto tinto quanto branco.
Impactos dos alimentos ultraprocessados
Os cientistas identificaram que alimentos ultraprocessados podem afetar negativamente o declínio cognitivo, uma vez que tais alimentos tendem a ter menos nutrientes e fibras e mais açúcar, gordura e sal.
A autora da pesquisa, a bioestatística Tahera Ahmed, ressalta a fundamental influência que a dieta não saudável tem na saúde do cérebro e do corpo.
“Tais hábitos alimentares contribuem para problemas vasculares e obesidade, destacando a relação destas condições e o risco de desenvolver demências”, explica Tahera em um comunicado divulgado pela Universidade Bond.
Apesar de estudos anteriores terem enfatizado os efeitos positivos da dieta mediterrânea ou DASH na saúde do cérebro, acredita-se que este seja o primeiro a vincular alimentos processados à doença de Alzheimer.
Fatores de risco do Alzheimer
A doença de Alzheimer é um tipo de demência que provoca perda das funções cognitivas, afetando principalmente a memória.
Sendo uma condição que tende a piorar com o passar do tempo, o diagnóstico precoce é crítico para retardar sua progressão.
“O desenvolvimento do Alzheimer no cérebro começa na meia-idade, e seus efeitos podem acabar atribuídos a um estilo de vida descontrolado desde a juventude”, alerta Ahmed.
Os pesquisadores salientaram que, para entender o risco de Alzheimer, vários fatores devem ser considerados, como padrões de sono e prática de atividade física.
Desta forma, a pesquisa isolada não é suficiente para estabelecer uma conexão direta entre as escolhas alimentares e o aumento da probabilidade de desenvolver a doença.