Estes fatores aumentam o risco de um AVC mais grave, diz pesquisa
Estudo revela como hipertensão, tabagismo e arritmia elevam drasticamente o risco de AVC severo
Uma pesquisa recente publicada no jornal científico Neurology destacou que hipertensão, fibrilação atrial (um tipo de arritmia cardíaca) e tabagismo são fatores que aumentam significativamente o risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) severo. Os resultados reforçam a importância de controlar esses fatores, que são modificáveis, para prevenir sequelas graves e potencialmente fatais.

Os dados do estudo
O estudo utilizou informações do projeto internacional INTERSTROKE, que analisou pacientes recrutados em 32 países entre 2007 e 2015. Os pesquisadores compararam indivíduos que sofreram um AVC com aqueles que não passaram por esse tipo de evento, buscando entender como diferentes fatores de risco influenciam a gravidade dos desfechos.
Foram considerados severos os quadros que resultaram em sequelas graves, como dependência constante de assistência ou mesmo a morte. Casos moderados foram definidos como aqueles em que a pessoa conseguiu preservar funções básicas, como caminhar sem ajuda.
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Impacto da hipertensão, fibrilação atrial e tabagismo
A análise revelou que pessoas com hipertensão apresentam um risco 3,2 vezes maior de sofrer um AVC severo e quase o triplo de um derrame em qualquer intensidade, em comparação àquelas com pressão arterial normal. Já a fibrilação atrial aumenta o risco de um AVC grave em 4,7 vezes e de um caso leve em 3,6 vezes.
O tabagismo também se mostrou um fator de peso, dobrando a probabilidade de um AVC em qualquer grau de severidade. Segundo os especialistas, o impacto direto dessas condições sobre o sistema vascular explica os resultados. A hipertensão pode levar a hemorragias cerebrais, enquanto a fibrilação atrial frequentemente causa embolias graves. O cigarro acelera o enrijecimento das artérias e reduz sua elasticidade, contribuindo para eventos vasculares.

Outros fatores de risco avaliados
A pesquisa também investigou a relação de condições como diabetes, colesterol alto, consumo de álcool, sedentarismo e circunferência abdominal com a gravidade dos AVCs. Apesar de serem reconhecidos como fatores de risco para o evento, não apresentaram associações tão fortes com a severidade do quadro quanto a hipertensão, fibrilação atrial e tabagismo. O impacto de diabetes e colesterol, por exemplo, é mais crônico e progressivo, tendendo a causar efeitos menos imediatos.
A gravidade dos tipos de AVC
A severidade de um AVC depende de vários fatores, incluindo a localização e a extensão do dano cerebral. Em geral, os AVCs hemorrágicos são mais graves que os isquêmicos, pois envolvem hemorragias cerebrais causadas pela ruptura de vasos. Além disso, quando o evento afeta áreas críticas, como o tronco cerebral, as sequelas costumam ser mais debilitantes.

A importância do diagnóstico e da prevenção
Embora os resultados de um AVC possam ser imprevisíveis, a rapidez no acesso ao tratamento é crucial para minimizar danos. Manter um estilo de vida saudável, controlar condições como hipertensão e fibrilação atrial, e abandonar o tabagismo são passos fundamentais para reduzir os riscos.
Reconhecer os sinais de um AVC é igualmente importante. Dormência ou fraqueza no rosto, braços ou pernas (especialmente de um lado do corpo), dificuldade para falar ou entender, problemas na visão, tontura e dor de cabeça grave sem causa conhecida devem ser tratados como emergências médicas. Procurar ajuda imediatamente pode salvar vidas e prevenir sequelas graves.
Sinais incomuns de AVC: fique atento
A Catraca Livre destaca sinais pouco conhecidos de AVC, como dor de cabeça intensa e repentina, dificuldade para caminhar, perda de equilíbrio e até sensação de formigamento em uma parte do corpo. É importante reconhecer esses sintomas rapidamente, pois podem indicar um AVC iminente e o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Veja mais aqui!