Estudo conclui que este aparelho pode reduzir risco de demência

As descobertas sugerem que uma proporção de casos de demência poderia ser evitada com o uso do aparelho

09/01/2024 08:08

Um novo estudo envolvendo 573.088 adultos no sul da Dinamarca fornece dados adicionais que indicam que a perda auditiva está associada ao aumento do risco de demência, especialmente entre pessoas que não usam aparelhos auditivos.

Isto sugere que os aparelhos auditivos podem prevenir ou retardar o início e a progressão da demência.

Aparelho auditivo poderia retardar ou até evitar a demência, sugere estudo
Aparelho auditivo poderia retardar ou até evitar a demência, sugere estudo - dimaberkut/Deposit Photos

Resultados do estudo

O estudo, conhecido como estudo de coorte, acompanhou um grupo de pessoas com características comuns por um longo período.

Os participantes, todos com idade igual ou superior a 50 anos, provenientes da região do sul da Dinamarca entre 2003 e 2017, não incluíram aqueles com diagnóstico de demência antes do início do estudo.

Ao comparar os dados auditivos com o desenvolvimento de demência, os pesquisadores encontraram uma ligação significativa entre as duas coisas.

Os idosos com perda auditiva que não usavam aparelho tinham 20% mais probabilidade de desenvolver demência do que aqueles sem perda auditiva.

Já os idosos com perda auditiva que usavam um dispositivo que os ajudasse a escutar tinham apenas 6% de chance de desenvolver demência — próximo da média das pessoas que não sofriam de perda auditiva.

Concluindo, esta pesquisa fornece evidências substanciais que apoiam a noção de que a perda auditiva está associada a um risco aumentado de demência. Os resultados sublinham a importância de abordar a saúde auditiva como medida preventiva contra a demência.

As descobertas foram publicadas no  JAMA Otolaryngology – Head & Neck Surgery.

Os pesquisadores, no entanto, dizem que são necessários mais estudos para ajudar a compreender melhor esta ligação.

Assim como a demência, a perda de audição não é uma parte inevitável do envelhecimento e a intervenção precoce é essencial.