Estudo descobre o que acontece no corpo quando você rola o Instagram

Você já sentiu aquela vontade irresistível de checar o Instagram durante uma reunião ou uma conversa? Um estudo inovador da Universidade de Durham revelou que essas verificações rápidas nas redes sociais desencadeiam uma verdadeira montanha-russa fisiológica em nossos corpos — e os efeitos vão além do simples hábito digital.

A resposta do corpo ao uso do Instagram

Pesquisadores monitoraram 54 usuários do Instagram para entender as reações fisiológicas durante três fases de 15 minutos: leitura de notícias, uso do Instagram e interrupção forçada do aplicativo. 

Durante a navegação, os participantes apresentaram uma queda na frequência cardíaca e aumento na condutância da pele — sinais claros de um estado de atenção profunda e excitação baseada em recompensa. Isso indica que o Instagram cria um efeito de imersão total, semelhante ao que acontece quando estamos absorvidos em uma tarefa emocionalmente significativa.

• Saiba por que o azeite pode ser um aliado surpreendente para o cérebro
• Mega Promo da Latam tem passagens a partir de R$ 151
• 3 lugares em Santa Catarina tão lindos quanto Florianópolis
• Estudo aponta que este hábito diário aumenta risco de demência

O que acontece quando paramos de rolar a tela?

O momento mais revelador do estudo foi quando os participantes foram obrigados a interromper o uso do Instagram enquanto recebiam notificações que não podiam checar. Nesse cenário, a frequência cardíaca aumentou e a atividade das glândulas sudoríparas cresceu ainda mais, indicando altos níveis de estresse e ansiedade.

“Em vez de um retorno ao estado normal de calma, os participantes experimentaram um aumento na resposta ao estresse”, explicou o Dr. Niklas Ihssen, um dos autores do estudo. Essa descoberta sugere que o ciclo de uso e interrupção do Instagram pode levar a microciclos diários de estresse, criando um padrão viciante e prejudicial ao bem-estar mental.

O ciclo viciante das redes sociais

Diferente de substâncias químicas, o Instagram e outras redes sociais exploram necessidades humanas básicas, como conexão social e pertencimento. Isso explica por que é tão difícil resistir à vontade de verificar notificações e rolar a tela constantemente.

Além disso, o estudo mostrou que esse padrão de ativação cerebral ocorre em todos os usuários, independentemente de apresentarem sinais de dependência digital. Ou seja, mesmo quem não tem um uso considerado problemático das redes sociais ainda está sujeito a esses efeitos físicos e psicológicos.

Como reduzir o impacto das redes sociais?

Se livrar completamente das redes pode não ser uma opção viável para muitos, mas algumas estratégias podem ajudar a reduzir o impacto negativo:

• Remova o ícone do Instagram da tela inicial para evitar acessos impulsivos.
• Desative notificações para minimizar distrações e evitar ciclos de ansiedade.
• Estabeleça horários específicos para checar as redes sociais, reduzindo o uso automático.