Estudo descobre que demência é mais comum entre este grupo
Pessoas com HIV têm uma probabilidade significativamente maior de desenvolver demência. Entenda a ligação
A demência é uma diminuição, lenta e progressiva, da função mental, que afeta a memória, o pensamento, o juízo e a capacidade para aprender. Ocorre mais frequentemente entre os idosos. Mas estudos verificam que é mais comum entre um grupo específico de pessoas.
Um estudo publicado no Journal of NeuroVirology em 2022 revelou que a prevalência de distúrbios neurocognitivos, incluindo demência, é mais alta em indivíduos com HIV.
A pesquisa analisou dados de mais de 2.000 participantes, comparando aqueles com HIV positivo e HIV negativo.
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Os resultados mostraram que pessoas com HIV tinham uma probabilidade significativamente maior de desenvolver demência, mesmo após controlar outros fatores de risco, como idade, sexo e nível educacional.

O que explica a ligação entre HIV e demência?
O aumento do risco de demência entre pessoas com HIV pode ser atribuído a vários fatores. A inflamação crônica é um deles.
O HIV causa inflamação no corpo, incluindo no cérebro, que pode danificar os neurônios ao longo do tempo.
Outro fator de risco é que pacientes com alta carga viral e baixa contagem de células CD4 têm um risco maior de complicações neurocognitivas.
Por fim, alguns tratamento antirretrovirais, embora tenha prolongado significativamente a vida das pessoas com HIV, podem ter efeitos colaterais neurotóxicos.
Sintomas de demência
- Perda de Memória: dificuldade em lembrar eventos recentes ou informações importantes.
- Dificuldade de concentração: problemas para focar em tarefas ou conversas.
- Mudanças de humor: depressão, ansiedade ou irritabilidade.
- Dificuldade motora: problemas com coordenação e movimento.
- Problemas de linguagem: dificuldade em encontrar palavras ou entender a linguagem falada e escrita.
Importância da detecção precoce
A detecção precoce da demência em pessoas com HIV é fundamental para o gerenciamento eficaz da condição.
A realização de avaliações neurocognitivas regulares pode ajudar na identificação de problemas cognitivos nos estágios iniciais, permitindo intervenções mais eficazes.