Estudo diz que consumo deste óleo vegetal reduz risco de demência

Os cientistas analisaram dados de mais de 90 mil pessoas ao longo dos últimos 30 anos, sendo que 4.749 morreram de demência

Consumo de óleo vegetal reduz risco de demência
Créditos: iStock/Springsky
Consumo de óleo vegetal reduz risco de demência

Um estudo divulgado pela Sociedade Americana de Nutrição, durante um evento em Boston (EUA), revelou que o consumo regular de azeite de oliva pode diminuir significativamente as chances de desenvolver demência e Alzheimer.

De acordo com a pesquisa, o consumo de meia colher de azeite está associado a um risco 28% menor de morte em decorrência da demência.

Essa descoberta abre novas possibilidades para prevenir ou atrasar a progressão de doenças devastadoras por meio de hábitos cotidianos.

Resultados do estudo

Anne-Julie Tessier, PhD na Escola Chan de Saúde Pública, em Harvard, afirma que o estudo reforça as diretrizes dietéticas que recomendam o consumo de óleos vegetais, como o azeite, destacando que essa escolha não apenas apoia a saúde do coração, mas também pode beneficiar a saúde do cérebro.

Ainda de acordo com Tessier, substituir gorduras como margarina e maionese por azeite natural é uma opção segura e pode reduzir o risco de demência.

Consumir azeite de oliva pode melhorar a saúde do cérebro
Créditos: bea8476/istock
Consumir azeite de oliva pode melhorar a saúde do cérebro

O estudo é pioneiro em investigar a relação entre dieta e morte relacionada à demência. Os cientistas analisaram questionários dietéticos e registros de óbito de mais de 90 mil americanos durante 30 anos, dos quais 4.749 participantes morreram de demência.

“Alguns compostos antioxidantes no azeite podem atravessar a barreira hematoencefálica, potencialmente tendo um efeito direto no cérebro”, disse Tessier. “Também é possível que o azeite tenha um efeito indireto na saúde do cérebro, beneficiando a saúde cardiovascular.”

Os resultados do estudo indicam que indivíduos que consumiam mais de meia colher de sopa de azeite por dia apresentavam um risco menor de morrer de demência em comparação com aqueles que raramente ou nunca consumiam azeite.

Vale explicar que o declínio cognitivo sozinho geralmente não é o responsável pelo óbito, mas as complicações da demência podem agravar inúmeros problemas de saúde.

Advertência

Tessier destacou que a pesquisa é observacional e não prova que o azeite é a causa direta da redução do risco de demência.

Estudos adicionais, como ensaios controlados randomizados, seriam necessários para confirmar os efeitos e determinar a quantidade ideal de azeite a ser consumida para obter esses benefícios.

No entanto, o estudo está alinhado com as recomendações dietéticas e reforça a evidência de que o uso de azeite no lugar de outros produtos pode contribuir para uma dieta mais saudável.