Estudo diz que dormir demais pode ser prejudicial à saúde

Ficar mais na cama durante os dias de descanso pode ser prejudicial à saúde, revela pesquisa

Um estudo realizado por pesquisadores ingleses e publicado na terça-feira, 2, no European Journal of Nutrition aponta que ficar um tempo a mais na cama durante os dias de descanso é sempre uma oportunidade tentadora, mas também pode resultar em prejuízos à saúde.

Estudo diz que dormir demais pode ser prejudicial à saúde
Créditos: iSTock
Estudo diz que dormir demais pode ser prejudicial à saúde

Estudo indica que dormir demais pode fazer mal para a saúde

Pesquisadores do King’s College, de Londres, afirmam que experimentar alterações no relógio biológico durante o fim de semana pode resultar em inflamações no intestino.

Isso acontece porque o tempo extra de descanso, quando combinado a outros hábitos ruins, provoca mudanças na microbiota intestinal, já associadas a doenças graves como o câncer e o Alzheimer.

A nutricionista Wendy Hall, uma das autoras da pesquisa realizada pelo King’s College, afirmou que acordar 1h30 mais tarde do que o habitual já pode ser prejudicial.

Este é o primeiro estudo a mostrar que mesmo pequenas diferenças nos horários de sono podem aumentar a proporção de bactérias intestinais prejudiciais.

O que acontece se dormir demais?

A empresa chamada ZOE Predict conduziu o estudo com 934 pessoas que fazem acompanhamento nutricional e de saúde. Foram analisadas amostras de sangue e de fezes, revelando que aqueles que dormiam 90 minutos a mais já apresentavam prejuízos à saúde, especialmente entre os que costumam estar em “jet lag social”.

Os pesquisadores chamam de “jet lag social” o comportamento comum nos fins de semana, caracterizado pela ingestão de alimentos ultraprocessados, açucarados e calóricos, bem como pelo consumo de álcool. De acordo com eles, adicionar sono extra à equação resulta em um aumento de três das seis espécies mais prejudiciais de bactérias intestinais.

A maioria dos participantes em “jet lag social” eram homens jovens. As autoras acreditam que cerca de 40% da população possui hábitos semelhantes, dormindo pelo menos uma hora a mais por dia nos fins de semana.