Estudo revela hábito que pode reduzir risco de doença cardíaca em 20%

Pesquisadores confirmam a importância do sono de qualidade, mesmo que apenas aos fins de semana de forma compensatória

31/08/2024 13:02

Um estudo chinês recente aponta que aumentar as horas de sono nos finais de semana pode reduzir significativamente o risco de doenças cardíacas.

Apresentada no encontro anual da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) esta semana, a pesquisa usou dados de 90.903 indivíduos para avaliar a relação entre sono compensado de fim de semana e doença cardíaca.

Os resultados revelaram que pessoas que dormem mais nos finais de semana, compensando as noites mal dormidas durante a semana, apresentam um risco 20% menor de desenvolver problemas cardíacos, como infarto e insuficiência cardíaca.

Detalhes do estudo

Os pesquisadores acompanharam os participantes por quase 14 anos, avaliando a qualidade e a duração do sono, além de fatores como hábitos de vida e histórico médico.

A privação de sono foi auto-relatada, com aqueles que auto-relataram menos de 7 horas de sono por noite definidos como tendo privação de sono. 

Hábito compensatório poderia reduzir o risco de doença cardíaca, segundo estudo
Hábito compensatório poderia reduzir o risco de doença cardíaca, segundo estudo - PeopleImages/istock

Os participantes do grupo com o sono mais compensatório tiveram 19% menos probabilidade de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles com menos.

No subgrupo de pacientes com privação diária de sono, aqueles com o sono mais compensatório tiveram um risco 20% menor de desenvolver doenças cardíacas do que aqueles com menos.

A análise não mostrou nenhuma diferença entre homens e mulheres. 

De acordo com os autores da pesquisa, embora a recuperação parcial de sono no fim de semana não substitua uma rotina de sono consistente, ela pode atuar como um fator de proteção contra os danos causados pela privação de sono durante a semana.

Os especialistas sugerem que garantir uma boa noite de sono, mesmo que apenas nos fins de semana, pode ser uma estratégia para melhorar a saúde cardiovascular a longo prazo.