Estudo revela o que pode fazer o cérebro envelhecer mais rápido

Veja fatores de risco e estratégias para evitar o envelhecimento precoce do cérebro, com insights sobre estilo de vida e genética

Mas o que faz o cérebro envelhecer mais rápido?
Créditos: iStock/bymuratdeniz
Mas o que faz o cérebro envelhecer mais rápido?

Um estudo, publicado na revista Nature Communications, revelou os fatores de risco associados ao envelhecimento precoce do cérebro, um tema de crescente interesse para a comunidade científica.

Conduzida por pesquisadores com dados de 40 mil participantes do Biobank , banco de dados do Reino Unido, essa pesquisa destaca tanto fatores genéticos quanto modificáveis que podem acelerar o processo de envelhecimento cerebral e elevar o risco de doenças como o Alzheimer.

Os resultados da análise, que se concentrou em indivíduos com mais de 45 anos, identificaram 161 possíveis fatores de risco para a demência. Destes, por fim, 15 fatores modificáveis foram detalhadamente classificados. 

O que faz o cérebro envelhecer?

  • Pressão arterial;
  • Colesterol;
  • Diabetes;
  • Sobrepeso;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Tabagismo;
  • Depressão;
  • Inflamação;
  • Poluição;
  • Audição;
  • Sono ruim;
  • Falta de socialização;
  • Dieta ruim;
  • Por fim, falta de atividade física.

Como prevenir o envelhecimento do cérebro?

Portanto, o ideal é prevenir os fatores de risco associados ao rápido envelhecimento do cérebro, que incluem estilo de vida e condições de saúde, como pressão arterial, colesterol, diabetes, consumo excessivo de álcool, e até mesmo socialização e educação.

Gwenaëlle Douaud, líder do estudo, sublinha a importância de determinadas áreas do cérebro que são particularmente suscetíveis ao diabetes, às condições advindas da poluição atmosférica e ao consumo de álcool. Todos esses elementos são fatores comuns de risco para a demência.

Além disso, a equipe de pesquisa também aponta para variações genéticas que impactam negativamente a rede cerebral, relacionadas a problemas cardiovasculares, esquizofrenia, além das já conhecidas doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.

Uma descoberta sobre o grupo sanguíneo

O estudo também revela a associação do antígeno XG, um componente de um grupo sanguíneo pouco conhecido, com o risco elevado de demência.

Lloyd Elliott, coautor da pesquisa, destaca a particularidade dessa descoberta, pois ela envolve uma região do genoma compartilhada pelos cromossomos sexuais X e Y, área que não estava amplamente explorada nos estudos genéticos.

Afinal, como os achados podem afetar o futuro?

A compreensão aprofundada dos fatores de risco para o envelhecimento precoce do cérebro promove uma base sólida para o desenvolvimento de estratégias de prevenção.

Os autores do estudo acreditam que a identificação desses fatores de risco é um passo crucial na luta contra a demência, oferecendo novas perspectivas para iniciativas futuras que visem mitigar esses riscos à saúde cerebral.

Por fim, a pesquisa destaca os fatores que contribuem para o envelhecimento cerebral e reforça a ideia de que mudanças no estilo de vida, junto com a compreensão dos próprios riscos genéticos, podem desempenhar um papel significativo na manutenção da saúde cerebral à medida que envelhecemos.