EUA aprovam uso de medicamento inédito contra covid-19
Terapia experimental tem surtido bons resultados em pacientes diagnosticados com coronavírus
A FDA, agência que regula medicamentos nos Estados Unidos, autorizou o uso emergencial uma nova terapia contra a covid-19. O medicamento é um anticorpo monoclonal chamado bamlanivimab, que foi utilizado no tratamento do presidente norte-americano Donald Trump.
A autorização permite que o medicamento possa ser administrado em pacientes a partir dos 65 anos, com casos leves e moderados de covid-19, e também, em pessoas com mais de 12 anos e que tenham condições pré-existentes que as coloquem em risco de desenvolver casos graves da doença.
O medicamento, no entanto, não está autorizado para pacientes hospitalizados ou que necessitam de oxigenoterapia.
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Segundo a FDA, a terapia demonstrou em ensaios clínicos ser capaz de reduzir a hospitalização de pacientes com covid-19 ou as visitas ao pronto-socorro em pacientes com alto risco de progressão da doença no prazo de 28 dias após o tratamento, quando comparado ao placebo.
Apesar dos bons resultados, a segurança e a eficácia desta terapia experimental continuam sendo avaliadas.
Os anticorpos monoclonais são proteínas feitas em laboratório que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater antígenos nocivos, como vírus. O bamlanivimab é um anticorpo monoclonal especificamente direcionado contra a proteína spike do SARS-CoV-2, projetado para bloquear a adesão do vírus e a entrada nas células humanas.
O medicamento poderá ser administrado em dose única por via intravenosa apenas profissionais de saúde.
Profissionais de saúde, pacientes e cuidadores terão que preencher fichas técnicas que fornecem informações importantes sobre o uso do tratamento, incluindo dosagem, efeitos colaterais potenciais e interações medicamentosas. Segundo a FDA os possíveis efeitos colaterais do bamlanivimabe incluem: anafilaxia e reações relacionadas à infusão, náusea, diarreia, tontura, dor de cabeça, coceira e vômito.