Exame de sangue que detecta Alzheimer chega ao Brasil, saiba o valor
Por enquanto, teste está disponível apenas em São Paulo, mas em breve deve chegar a outros estados
O Brasil está um grande passo na luta contra a doença de Alzheimer, com a chegada do exame americano PrecivityAD2. O teste, disponibilizado pelo Grupo Fleury, promete identificar a doença em estágios iniciais através de uma amostra de sangue simples. O exame ainda não é coberto pelos convênios, e tem um custo de R$ 3,6 mil.
Diagnosticar o Alzheimer o mais cedo possível é fundamental para retardar seu avanço e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Por que a chegada do PrecivityAD2 é tão importante?
Além de ser quase três vezes mais barato que o PET amiloide (um exame de imagem considerado o padrão-ouro na identificação da doença), o novo teste também é menos invasivo que o teste de líquor, que consiste na punção da medula espinhal.
Segundo Aurélio Pimenta Dutra, neurologista do Fleury Medicina e Saúde, o PrecivityAD2 difere de outros exames de sangue disponíveis no Brasil devido à sua capacidade de detectar alterações nas proteínas tau e tau fosforilada, que estão associadas à doença de Alzheimer. Essa característica o destaca como uma ferramenta importante para diagnosticar, e não apenas prever o risco da doença.
Como funciona o exame de sangue para detectar Alzheimer?
O exame é realizado no plasma (do sangue) utilizando uma técnica recente chamada espectrometria de massa, capaz de detectar mínimas variações nas proteínas beta-amiloide, a tau e a tau fosforilada.
É importante destacar que o PrecivityAD2 não serve para check-up, mas é recomendado para pacientes que já apresentam sinais e sintomas de declínio cognitivo.
O teste, por enquanto, só está disponível nas unidades da marca Fleury no Estado de São Paulo. Entretanto, a expectativa é que em breve seja disponibilizado em todas as unidades do grupo.
Qual a importância do diagnóstico precoce do Alzheimer?
Sabendo que o cérebro é um órgão “isolado” onde se instalam placas de proteínas defeituosas, é imprescindível captar alterações em seus elementos o mais rápido possível.
A doença de Alzheimer ainda não tem cura, mas há drogas experimentais no exterior que podem ajudar no tratamento. Para um paciente ser elegível para estes tratamentos, é preciso saber os níveis de tau e beta-amiloide, o que reforça a relevância de um diagnóstico correto para a melhoria da qualidade de vida dos afetados.