Este remédio é capaz de retardar progressão do Alzheimer em 60%

Droga apresentou melhores resultados em pacientes que iniciaram o uso no estágio inicial da doença

O remédio experimental da farmacêutica Eli Lilly, o donanemab, retardou a progressão da doença de Alzheimer em 60% para pacientes nos estágios iniciais da doença, de acordo com dados de um estudo.

A análise completa mostrou que os benefícios foram menos robustos para pacientes mais velhos, em estágio avançado, bem como para aqueles com níveis mais altos de uma proteína chamada tau, que tem sido associada à progressão da doença de Alzheimer.

Remédio experimental reduz a progressão do Alzheimer
Créditos: haydenbird/istock
Remédio experimental reduz a progressão do Alzheimer

As descobertas ressaltam que a detecção e o diagnóstico precoces podem realmente mudar a trajetória dessa doença.

O estudo mostrou que o inchaço cerebral, um conhecido efeito colateral de drogas como donanemab, ocorreu em mais de 40% dos pacientes com predisposição genética para desenvolver a doença de Alzheimer.  Hemorragia cerebral ocorreu em 31% do grupo donanemab e cerca de 14% do grupo placebo. Três pacientes do estudo acabaram morrendo em decorrência desses efeitos.

De acordo com os pesquisadores, não se deve menosprezar os efeitos colaterais, mas foi possível controlar a maioria dos casos por monitoramento com ressonância magnética (MRI) ou interrupção do medicamento.

O que é o donanemab?

Donanemab é um anticorpo intravenoso projetado, em vez de apenas aliviar os sintomas da doença de Alzheimer, ataca uma das causas profundas. Para isso, ele atua removendo os depósitos de uma proteína chamada beta-amiloide do cérebro.

Dessa forma, ela retarda a progressão da perda de memória e o declínio cognitivo em pessoas com alterações em seus cérebros associadas à doença de Alzheimer.