Existe melhor idade para dar à luz? Estudo coreano responde

Estudo realizado na Coreia do Sul investigou relação entre idade e as consequências da maternidade

Existe melhor idade para dar à luz? Segundo estudo, mães que tiveram o primeiro filho na adolescência ou com idade mais avançada estão mais suscetíveis à morte precoce – iStock/Getty Images
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Existe melhor idade para dar à luz? Segundo estudo, mães que tiveram o primeiro filho na adolescência ou com idade mais avançada estão mais suscetíveis à morte precoce – iStock/Getty Images

Existe idade ideal para dar à luz? É o que respondeu estudo recente liderado pela Universidade de Seul, na Coreia do Sul, que investigou mais de 4 mil mulheres.

Para chegar a uma conclusão, os pesquisadores deram início ao projeto no início dos anos 2000 e observou o grupo ao longo de 18 anos. O objetivo era analisar se as taxas de mortalidade se comparavam entre as voluntárias.

As participantes, que tinham em média 52 anos, foram questionadas sobre que idade tiveram os seus filhos. Em seguida elas foram separadas em três categorias: menores de 23 anos, 24 a 25 anos e maiores de 26 anos.

O que se concluiu?

O estudo descobriu que as mães que tiveram o primeiro filho quando ainda eram adolescentes e, as que tiveram com a idade mais avançada, estavam mais suscetíveis à morte precoce por doenças cardíacas e derrames, quando comparadas às mães de primeira viagem em seus 20 e poucos anos.

As evidências levaram à conclusão de que a idade mais segura para ter o primeiro filho é aos 25 anos.

Qual a relação entre parto e risco de morte precoce?

Os pesquisadores levaram em consideração fatores socioeconômicos para cruzar eventuais relações de causa e efeito. De acordo com o estudo, as mulheres mais jovens, que tiveram seu primeiro filho aos 16 anos, podem ter sido obrigadas a interromper em sua educação ou carreira.

O que, na interpretação dos especialistas, poderia levar a problemas de saúde como resultado de desvantagens socioeconômicas.

Além disso, o experimento também levou em consideração que mães jovens lutam mais contra a depressão e a obesidade devido ao impacto do ganho de peso relacionado à gravidez. Ambos os problemas podem contribuir para as chances de desenvolver doenças cardiovasculares que podem levar à morte, segundo o artigo.

O que muda em relação às mães 25+?

Por outro lado, mulheres com mais de 26 anos podem adotar uma série de hábitos potencialmente associados a doenças cardíacas em seus últimos anos de vida.

Em termos gerais, elas podem não ser capazes de recuperar tão bem a forma física quanto as mães mais jovens, por exemplo. Ainda de acordo com os pesquisadores, elas provavelmente enfrentarão uma “dupla carga” de trabalho e cuidados com o filho, o que pode levar a escolhas de estilo de vida pouco saudáveis ​​​​ligadas a doenças, como falta de exercícios e má alimentação.

Além disso, o estresse da maternidade e da carreira pode elevar a pressão arterial. “A hipertensão devido a um IMC alto e à falta de atividade física é um fator de risco importante que tem o maior efeito sobre as doenças cardiovasculares”, disseram os pesquisadores.

Os pesquisadores disseram que suas descobertas podem ser importantes, uma vez que as mulheres estão deixando cada vez mais as crianças para uma idade mais avançada para se concentrar em outras áreas de sua vida.