Faça isso em caso de queimadura de água-viva na praia; veja dicas

Veja como agir corretamente em caso de ferida após contato com águas-vivas neste verão

O verão é época de muita praia e, em uma das visitas ao mar, você pode acabar tendo contato com as medusas – conhecidas como águas-vivas.

As águas-vivas são seres marinhos equipados com células urticantes em seus tentáculos. O contato com a pele humana pode resultar em ferimentos dolorosos e, muitas vezes, causar confusão sobre como agir corretamente.

O que fazer em caso de queimadura de água-viva?
Créditos: iStock/Rafa Jodar
O que fazer em caso de queimadura de água-viva?

Que tipo de lesão é causada por águas-vivas?

A pele queima e arde, a vermelhidão é intensa e a dor pode ser forte. Muitas pessoas descreveriam essa sensação como uma queimadura. No entanto, essa denominação quando ocorre o incômodo contato com uma água-viva, não é precisa.

Ao contrário do que muitos acreditam, as águas-vivas não causam queimaduras, mas sim envenenamento. Isso ocorre porque esses seres marinhos possuem células especiais nos seus tentáculos, que contêm pequenas estruturas semelhantes a agulhas repletas de veneno.

Em situações em que as águas-vivas sentem o toque humano, elas disparam essas “agulhas”, que liberam toxinas na pele causando reações semelhantes a uma queimadura.

Sintomas que surgem após contato com as medusas

A gravidade das lesões pode variar dependendo do tamanho e da quantidade de veneno injetada, bem como a idade e condições de saúde do indivíduo atingido.

Os sintomas ao ter contato com uma água-viva incluem dor, inchaço, ardência e marcas vermelhas ou escurecidas na pele.

Em casos mais graves, outras manifestações podem ocorrer, como dificuldade para respirar, dores no peito e de cabeça, câimbras, náuseas e vômitos.

Sintomas que surgem após contato com água-viva
Créditos: iStock/jaanalisette
Sintomas que surgem após contato com água-viva

O que fazer em caso de “queimadura” por água-viva?

  • O primeiro passo para quem sofreu um contato com água-viva é sair da água para evitar novos ferimentos;
  • Logo após sair da água, a região afetada deve ser lavada com muita água do mar ou soro fisiológico gelado. Jamais lave com água doce (de torneira ou mineral), pois ela pode provocar um efeito de osmose, o que estimula a liberação das toxinas e agrava a lesão;
  • Lavar o local serve tanto para aliviar a dor quanto para remover os tentáculos da água-viva que possam ter permanecido na pele. Nesse processo, é fundamental não esfregar a região afetada para evitar a liberação de mais toxinas;
  • Se os tentáculos persistirem na pele, use um objeto, como um cartão, para retirá-los cuidadosamente, evitando o contato direto com o veneno;
  • Para aliviar a dor, o vinagre pode virar um grande aliado. Após os primeiros cuidados, recomenda-se fazer uma compressa com vinagre na região afetada por 30 segundos. O vinagre ajuda a neutralizar as toxinas, reduzindo a intensidade da reação;
  • Além disso, é importante proteger a região do sol, já que a área afetada pela água-viva ficará sensível até a cicatrização completa. Assim, o ideal é utilizar protetor solar e cobrir a área com roupas leves.
Ferida causada pelo veneno do invertebrado marinho
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Ferida causada pelo veneno do invertebrado marinho

Alertas e orientações finais

Ao contrário do que dizem por aí, não é recomendável passar urina, sabonete, pasta de dente, álcool e limão no local afetado, pois essas substâncias podem causar agravamento da irritação.

Ao tratar um ferimento causado por água-viva, a observação é fundamental. Se os sintomas persistirem por mais de um dia, ou se a pessoa atingida for uma criança, um idoso, apresentar vômitos ou dificuldades respiratórias depois da lesão, a ida ao pronto-socorro se torna necessária.

Vale destacar que também é preciso ter cuidado com as águas-vivas mortas na beira da praia, pois seus tentáculos ainda podem liberar veneno. Além disso, sempre respeite a sinalização na praia e as orientações dos salva-vidas.