Veja famosos que foram diagnosticados com HIV
Em mais de três décadas de doença, alguns artistas enfrentaram o preconceito, assumiram suas sorologias e se tornaram militantes da causa
A cantora austríaca Conchita Wurst surpreendeu seus fãs ao revelar na noite do último domingo, 15, ser portadora do vírus HIV. Em uma publicação no Instagram, a artista disse estar sendo chantageada por um ex-parceiro e, por isso, resolveu ela mesma tornar pública sua condição sorológica.
Assim como Conchita, muitos outros artistas já assumiram publicamente serem portadores do agente causador da Aids, seja por livre espontânea vontade, por chantagens ou no leito de morte.
Um dos símbolos da luta contra a doença no século XX, Freddie Mercury anunciou ao mundo publicamente sua sorologia em 1991 em decorrência de complicações em seu quadro de saúde ocasionados pela infecção.
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Assim como o líder do Queen, Cazuza também se tornou uma marca da epidemia no Brasil após ter sido diagnosticado com o vírus em 1986, vindo a óbito quatro anos depois, em 1990. O músico, entretanto, só assumiu sua sorologia em 1989.
Outro notável brasileiro que morreu em decorrência da Aids foi Renato Russo. O líder do Legião Urbana descobriu que era soropositivo em 1989, mas nunca assumiu publicamente a doença.
Em 2015, o humorista Charlie Sheen revelou em um programa de TV norte-americano ser HIV positivo após chantagens e ameaça de extorsão financeira.
Magic Johnson, lendário jogador de basquete da liga profissional norte-americana (NBA), contou ser portador do vírus da imunodeficiência adquirida em 1991 e, desde então, tem sido um dos mais ferrenhos militantes da causa. Atualmente, com 58 anos, ele continua vivo e esbanjando uma saúde invejável.
Jerry Herman, notável compositor da Broadway, responsável pelas trilhas de “Olá, Dolly!” e “Gaiola das Loucas”, descobriu portar HIV em 1984, no auge da epidemia. Atualmente com 86 anos, ele continua muito vivo e com tratamento em dia.
Andy Bell, membro da dupla pop Erasure, revelou ser HIV positivo em 2004, seis anos depois do diagnóstico.
Greg Louganis, mergulhador campeão de medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1984 e 1988, tornou pública sua condição em 1995. Atualmente, com 58 anos, se tornou ativista dos direitos LGBTs e dos portadores do vírus causador da Aids.
Jack Mackenroth, de 48 anos, conhecido por sua participação no reality Project Runway, é portador do HIV desde 1990 e nas redes sociais costuma falar abertamente sobre o assunto, além de exibir seu corpo musculoso, contrariando todos os estereótipos que rondam a doença.
Famosa por sua atuação na série “Gunsmoke” (1955-1975), Amanda Blake faleceu em 1989 até então, acreditava-se, em decorrência de um câncer na garganta proveniente de seu vício no cigarro. Posteriormente, no entanto, o médico da artista disse que a causa da morte foi hepatite por citomegalovírus, doença associada à Aids.
Danny Pintauro revelou, em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey em 2015 ser portador do HIV há 15 anos (na época). “Eu queria contar isso há muito tempo, mas não estava preparado”, declarou na ocasião.
O astro de “Psicose” (1960), Anthony Perkins, faleceu por complicações da doença em 1992. Antes, entretanto, ele declarou que “muitos acreditam que essa doença é uma vingança de Deus, mas eu acredito que foi enviada para ensinar as pessoas a amar e ter compaixão uns pelos outros”.
A esposa do ator, Berry Berenson, declarou uma vez que Perkins tinha medo de revelar sua sorologia e perder espaço no mercado cinematográfico.
HIV
Descoberto em 1981, o vírus da imunodeficiência adquirida levou mais de 36 milhões de pessoas a óbito em pouco mais de três décadas, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde.
Ainda de acordo com a OMS, outras 37 milhões são portadoras do agente atualmente, sendo que desse total mais de 19 milhões estão em tratamento com terapia antirretroviral e mais da metade possui o vírus controlado.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que mais de 830 mil pessoas convivem com o vírus alojado no corpo.
Ainda sem cura, o HIV/Aids continua sendo uma doença bastante estigmatizada e permeada, principalmente, pela desinformação da população.
Embora a cura ainda não tenha sido encontrada, estudos científicos comprovaram que uma pessoa com diagnóstico positivo para HIV, com o tratamento em dia, e a carga viral indetectável, não transmite a doença.
Ainda, tecnologias como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), foram desenvolvidas para auxiliar no combate e prevenção da doença. No Brasil, ambas são ofertadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, assim como o tratamento completo, inclusive acompanhamento com infectologista e psicólogo.
Se você tiver alguma dúvida, procure um posto especializado no assunto e faça o teste, é totalmente gratuito.
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