Produtos diet e light devem ser evitados, diz Ministério da Saúde

Muitas vezes, quando decidimos que vamos dar uma “segurada” na alimentação ou fazer dieta, acabamos tomando algumas decisões por conta própria e optando, por exemplo, por alimentos diet e light.

Mas será que isso realmente ajuda?

Segundo o Ministério da Saúde, esse tipo de produto é ultraprocessado e deve ser evitado.

A pasta disponibiliza o material “Desmistificando Dúvidas Sobre Alimentação e Nutrição”, como apoio aos profissionais da saúde e, entre diversos tópicos sobre alimentação saudável, há um capítulo específico para tratar desse tipo de produto.

O guia aponta que é fundamental compreender as diferenças entre os termos diet e light, já que eles são constantemente encontrados em embalagens de diversos alimentos.

Segundo a publicação, “o termo diet somente é utilizado quando o produto não apresenta um determinado ingrediente, como açúcar ou gordura. São alimentos para fins especiais, usados em dietas em que se deve restringir certo nutriente, não sendo necessariamente isento de açúcar ou formulado para o controle de peso corporal”.

Já os alimentos light devem apresentar redução de no mínimo 25% no valor energético (calorias) ou no conteúdo de algum componente (açúcar, gordura, colesterol, sódio, entre outros) em relação ao alimento de referência ou convencional.

Logo, alimentos diet ou light não são necessariamente isentos de calorias e açúcar. Por isso, não devem ser utilizados indiscriminadamente por pessoas que necessitam reduzir peso ou controlar a glicemia, explica o documento.

Alimentos diet ou light não são necessariamente isentos de calorias e açúcar
Créditos: Getty Images/iStockphoto
Alimentos diet ou light não são necessariamente isentos de calorias e açúcar

“Por exemplo, muitas vezes, quando o conteúdo de gordura do produto é reduzido, há aumento no teor de açúcar, ou vice-versa, para manter sua aparência e textura. Com frequência, a reformulação desses alimentos não traz benefícios claros. Ou quando se adicionam fibras ou micronutrientes sintéticos aos produtos, sem a garantia de que o nutriente adicionado reproduza no organismo a função do nutriente naturalmente presente nos alimentos”, apresenta o guia.

A publicação aponta que o risco de ver esses produtos ultraprocessados como se fossem alimentos saudáveis é que muita gente pode achar que seu consumo não precisa ser limitado.

“A publicidade desses produtos explora suas alegadas vantagens diante dos produtos regulares (‘menos calorias’, ‘adicionado de vitaminas e minerais’), aumentando as chances de que sejam vistos como saudáveis pelas pessoas. O consumo destes alimentos deve ser orientado e esclarecido por um profissional de saúde, como o nutricionista”, explica o texto.

O Ministério da Saúde ressalta que esses alimentos devem ser evitados, dando-se preferência a alimentos in natura, pouco processados e preparados em casa, assim é possível controlar a adição de açúcar, gordura e sal.