Granolas têm excesso de açúcar, aponta avaliação da PROTESTE

Teste avaliou oito principais marcas e apontou informações erradas contidas nos rótulos

08/05/2018 10:44 / Atualizado em 05/05/2020 10:30

Oito marcas de granola são avaliadas pela PROTESTE
Oito marcas de granola são avaliadas pela PROTESTE - Getty Images/iStockphoto

Acrescentar uma porção de granola ao iogurte ou banana dá aquele ar de café da manhã saudável, mas não é bem isso que uma avaliação da PROTESTE (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) mostrou.

Oito marcas de granolas foram analisadas em laboratório e tiveram as informações nutricionais impressas nos rótulos comparadas com o resultado dos testes. São elas: Nesfit, Vitao, Granatus, Mãe Terra, Kellog’s, Qualitá, Vitalin e Kobber. A avaliação revelou uma quantidade de açúcar maior em três marcas (Kellogg’s, Vitalin e Kobber) em relação às demais.

De acordo com a PROTESTE, ao ingerir uma única porção da Kellogg’s, a marca que teve a avaliação pior nesse critério, a pessoa pode consumir 12 g de açúcar, o que equivale a 24% do total diário recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 50 g por dia. Para os produtos Vitalin e Kobber, a porcentagem chega a 21%.

A associação ainda recomenda que ao comprar uma marca de granola, o consumidor opte por aquelas que não possuam açúcar em sua composição ou por aquelas com uma quantidade reduzida.

DICA:

Para entender o que dizem as informações nutricionais contidas nos rótulos das embalagens, é interessante prestar atenção aos ingredientes. Os que aparecem no início da lista são sempre os que estão em maior quantidade no produto.

Sódio e gorduras

Valores informados na embalagem não condizem com a realidade
Valores informados na embalagem não condizem com a realidade - Getty Images/iStockphoto

O teste também observou algumas divergências entre o que a embalagem informava em relação ao sódio e gorduras e o que o produto de fato continha. O curioso é que as marcas traziam menos sódio e gordura do que os valores apresentados nos rótulos.

A Vitalin, por exemplo, possuía 52% menos gordura e 23% menos sódio. A Qualitá tinha 47% mais fibras e 57% menos sódio. A Kobber, 27% mais fibras, 33% menos teor de gordura e 46% menos sódio. A Granatus também tinha 51% menos sódio que o informado.

Essas variações entre o que a embalagem prometia e o que o produto de fato continha foram superiores ao máximo permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que é de 20% para mais ou para menos.

Já a granola da Mãe Terra, que informa na embalagem conter 0 mg de sódio, apresentou 9 mg em uma porção de 40g. A Anvisa estipula que a informação nutricional desse componente só pode ser considerada “zero” quando o alimento traz quantidade menor ou igual a 5 mg por porção.

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